Conflito em Gaza: Israel alega uso militar do Hospital Al-Shifa pelo Hamas

Segundo Israel, o envio de suprimentos e equipamentos essenciais, como incubadoras e alimentos para bebês foi realizado com êxito.

Hospital Al-Shifa, na Faixa de Gaza, é o maior da região | Maxar Technologies/Divulgação via Reuters
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Na madrugada desta quarta-feira (15), aproximadamente às 3h30 pelo horário de Brasília, Israel comunicou a continuidade de sua "precisa operação" no Hospital Al-Shifa, o maior da Faixa de Gaza. Segundo a Reuters, soldados israelenses disseram ter matado vários combatentes. Israel disse que lançou o ataque porque o grupo radical islâmico tem um centro de comando sob Al-Shifa e usa túneis conectados para ocultar operações militares e manter reféns. Contudo, o Hamas nega.

Na terça-feira (14), as Forças de Defesa de Israel (FDI) anunciaram  operação militar contra o Hamas dentro de uma área específica do maior hospital da Faixa de Gaza.

"Nas últimas semanas, as FDI alertaram publicamente repetidas vezes que o uso militar continuado do hospital de Shifa pelo Hamas põe em risco o seu estatuto protegido pelo direito internacional", afirmaram os militares na terça-feira (14).

O comunicado aponta ainda que as Forças de Defesa de Israel deram um prazo de 12 horas para que as atividades militares do Hamas fossem interrompidas dentro do hospital, o que não aconteceu.

Nesta quarta-feira (15), as Forças de Defesa de Israel informaram que foi realizado, com êxito, o envio de suprimentos e equipamentos essenciais, como incubadoras e alimentos para bebês, ao hospital, utilizando tanques militares como meio de transporte "Equipes médicas e soldados fluentes em árabe estão no local para assegurar a entrega destes suprimentos aos necessitados", afirmaram as autoridades israelenses.

Anteriormente, conforme informações da Reuters, o Ministério da Saúde de Gaza relatou à rede de TV Al Jazeera que tiros e explosões foram registrados no complexo médico, indicando que as forças israelenses estavam realizando buscas em um porão.

No início desta semana, os combates aconteceram nas proximidades do hospital, deixando as incubadoras ociosas, sem eletricidade, e com escassez de medicamentos, alimentos e água.  Na segunda-feira (13), o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou que o hospital Shifa estava sem água há três dias e já não operava como uma instituição de saúde. O último gerador ficou sem combustível no sábado, resultando na tragédia que tirou a vida de três bebês prematuros e quatro outros pacientes, conforme relatado pelo Ministério da Saúde de Gaza.

Conflito

O Hamas disse em um comunicado que “considera a ocupação (Israel) e o presidente Biden totalmente responsáveis pelo ataque do exército de ocupação ao complexo médico de Al Shifa”.

“A adoção da falsa narrativa [israelense] pela Casa Branca e pelo Pentágono, alegando que a resistência está usando o complexo médico de Al Shifa para fins militares, foi um sinal verde para a ocupação cometer mais massacres contra civis”, disse o Hamas.

O presidente Joe Biden conversou com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, por telefone, durante a tarde de terça-feira. De acordo com a Casa Branca, os dois debateram esforços para libertar os reféns que estão sob poder do Hamas. 

Na noite de terça-feira (14), o governo norte-americano afirmou, por meio de comunicado, que os hospitais e os pacientes precisam ser protegidos. O comunicado da Casa Branca foi divulgado horas depois de Israel anunciar uma operação contra o Hamas em uma ala específica do Hospital Al-Shifa, o principal da Faixa de Gaza.

Com informações do g1



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