Descubra como a cidade de Água Branca se livrou do Aedes aegypti

A cidade piauiense se viu livre do mosquito em três anos

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O mosquito Aedes aegypti poderia passar despercebido em nossas vidas, não fosse a dor de cabeça, literalmente, que o inseto transmissor de doenças como a dengue, a febre Chikungunya e o zika vírus tem causado. Atentas aos altos índices de contaminação do inseto, cidades brasileiras intensificaram as suas estratégias de combate a ele.

O município de Água Branca (150 km de Teresina), tem 16 mil habitante e é exemplo de como a atuação de secretarias municipais de Saúde com a população consegue ser efetiva quando se trata de eliminar os focos de proliferação do mosquito.

Durante todo o ano passado, foram registrados apenas sete casos de dengue e nenhum das outras doenças na cidade. O número é bem abaixo da média brasileira, que teve índice recorde de 1,6 milhão de casos de dengue no ano passado.

Mas qual o segredo para a cidade praticamente eliminar o Aedes aegypti? Uma campanha simples, dinâmica e colaborativa iniciada em 2013 pela Secretaria de Saúde de Água Branca.

Selos das cores verde, para casas sem larvas; amarelo, para casas sem larvas, mas com situações de acúmulo de água; e vermelho, para casas com larvas.

Os agentes de controle de endemias, em parceria com os médicos de Saúde da Família, percorreram os bairros e até as zonas rurais de Água Branca para visitar todas as residências e fazer um check list junto com o morador.

Os profissionais indicavam os possíveis locais de acúmulo de água e explicavam os procedimentos necessários para combater o mosquito. No final da visita, cada residência recebia um selo e passava a ser monitorada de acordo com esse código.

“Antes de iniciarmos o projeto, foi feita uma campanha de divulgação para explicar como trabalharíamos com os selos. O nosso objetivo, mais do que combater os focos do mosquito na cidade, era engajar e empoderar os moradores para que eles fossem os agentes de mudança nesse processo”, conta Dóris Leal, coordenadora de vigilância sanitária de Água Branca há dez anos, em entrevista ao HuffPost Brasil.

A atribuição das cores acabou virando fonte de inspiração ou fator motivador de mudança para os moradores.

Os que receberam sinal verde se tornaram exemplo para toda a comunidade, e aqueles com selo vermelho entraram na corrida para ter sua casa em segurança.

Assim, a cidade piauiense se viu livre do mosquito em três anos. A ação foi tão eficaz que se tornou lei, para que nenhuma outra gestão da prefeitura interrompa o combate ao mosquito.

“O governador do estado [ ] já levou nossa iniciativa para outros municípios. Esperamos que eles tenham o mesmo sucesso. As cidades precisam sensibilizar seus moradores nessa campanha para ter um melhor monitoramento dos focos de contaminação. Em Água Branca, depois da campanha dos selos, conseguimos transformar os imóveis em pontos estratégicos e, assim, pensar em outras ações efetivas para cada situação. As regiões de selo vermelho, por exemplo, recebem visitas dos agentes toda semana”. comenta Dóris.

Outro diferencial do projeto foi o trabalho conjunto feito entre os agentes de endemias e os profissionais do Saúde da Família.



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