Dólar encerra junho em queda e câmbio tem melhor 1º semestre em 7 anos

No fim da sessão, o dólar comercial fechou em queda de 1,19%, a R$ 4,7889, nas mínimas do dia.

Dólar encerra junho em queda | Shutterstock
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O dólar comercial fechou em queda nesta sexta-feira (30), no último pregão de junho e do primeiro semestre de 2023. O câmbio teve algumas variações imprevisíveis por causa de um cálculo chamado Ptax de fim de mês. Além disso, as pessoas que participam do mercado financeiro acharam que houve uma vantagem quando o Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu não mudar a meta de inflação de 3%. Isso fez com que diminuísse o prêmio de risco, ou seja, o dinheiro extra que as pessoas queriam ganhar para correr riscos maiores.

No fim da sessão, o dólar comercial fechou em queda de 1,19%, a R$ 4,7889, nas mínimas do dia. Já o real apresentou a melhor performance das 33 divisas mais líquidas acompanhadas pelo Valor. Na avaliação da semana, o dólar ampliou 0,23%, mas recuou 5,60% em junho e 9,27% no primeiro semestre, período mais fraco para a moeda americana desde 2016, portanto, nos últimos sete anos.

Com a perspectiva de melhorias para a economia do país, surgiram indícios de que mais dinheiro estrangeiro poderia entrar, especialmente devido às mudanças nos juros a longo prazo. Quando se espera que as taxas de juros caiam, os investidores estrangeiros costumam ficar mais interessados em comprar títulos de longo prazo com valores fixos. 

Além disso, observou-se um aumento nas apostas em dólar no mercado futuro por investidores estrangeiros. Com os indicadores econômicos dos Estados Unidos impactando negativamente o dólar internacionalmente, houve uma oportunidade para ajustar as posições de investimento de forma mais favorável ao real.

Mesmo com a melhora no saldo da primeira metade do ano, a posição do investidor estrangeiro comprado em dólar no mercado futuro cresceu nas últimas sessões. Segundo a B3, ontem o investidor não-residente elevou a posição comprada em dólar em US$ 634 milhões para US$ 44,4 bilhões, no maior patamar desde o fim de março. Isso ocorreu em um momento que os investidores passaram a ler como maior a chance de o Federal Reserve (Fed) ter que aumentar mais vezes suas taxas de juros até o fim do ano.

Para o chefe da mesa de operações do C6 Bank, Felipe Garcia, há um fluxo para a renda fixa que influencia o dólar. "É mais um voto de confiança de que o governo vai buscar estabilidade da dívida/PIB”, diz.  “A ponta curta [da curva de juros] fica mais influenciada pela matemática do Copom, e a longa fica mais vulnerável a essa perspectiva de melhora do ambiente de negócio, melhora no crescimento, com mais sentimento de confiança nos próximos passos do governo”, acrescenta.

Com informações da Valor Econômico



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