Petrobras é acusada de ser conivente com ilegalidades; Sindicato exige ação

Em um posicionamento contundente, o sindicato denuncia a falta de cumprimento de um acordo proposto pela CS Brasil.

Sindipetro acusa Petrobras de ser conivente com ilegalidades | Fernando Frazão/Agência Brasil
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O Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) veio a público expressar sua indignação e acusar a Petrobras de ser conivente com práticas ilegais realizadas pela empresa CS Brasil. Em um posicionamento contundente, o sindicato denuncia a falta de cumprimento de um acordo proposto pela CS Brasil para encerrar uma greve legítima de seus funcionários lotados no GASLUB, que reivindicavam um reajuste salarial e de benefícios em decorrência das perdas causadas pela inflação.

Segundo o Sindipetro-RJ, a CS Brasil, em uma clara quebra de confiança e honestidade mínimas, não cumpriu o acordo firmado verbalmente após a pressão da mobilização dos trabalhadores em greve. A situação é considerada inaceitável pelo sindicato, especialmente por ocorrer dentro da maior empresa da América Latina.

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O caso teve início em 28 de junho, quando os motoristas lotados no GASLUB decidiram entrar em greve após o fracasso das negociações com a CS Brasil. Os funcionários exigiam um aumento salarial e benefícios para compensar as perdas ocasionadas pela inflação. Em resposta, a empresa reprimiu o movimento grevista, ameaçando os trabalhadores e demitindo dez deles.

Apesar da forte mobilização dos grevistas, que se mantiveram firmes em sua luta, a CS Brasil concordou verbalmente, no dia 3 de julho, em conceder o reajuste salarial e de benefícios e reintegrar os funcionários demitidos. No entanto, após o retorno dos trabalhadores ao serviço, a empresa rompeu o acordo, gerando revolta e frustração entre os envolvidos.

O Sindipetro-RJ também denunciou outras irregularidades praticadas pela CS Brasil, como fraude na folha de ponto, pagamento inadequado de periculosidade sem os devidos reflexos e falta de consideração com as horas noturnas dos motoristas, que recebem os veículos de madrugada e são responsáveis por levar seus colegas para casa. O sindicato ressaltou que a Petrobras, como responsável máxima pelos contratos de empresas prestadoras de serviços, deve agir com urgência para impedir tais práticas e garantir a segurança e o respeito aos direitos dos terceirizados.

Em uma reunião com representantes do setor de recursos humanos da Petrobras, o Sindipetro-RJ cobrou uma fiscalização mais rigorosa das empresas prestadoras de serviços, manifestando preocupação com a postura da CS Brasil. O sindicato pediu a intervenção da Petrobras para formalizar e cumprir o acordo que levou ao fim da greve dos motoristas.

O setor de recursos humanos se comprometeu a analisar os fatos e ressaltou que está empenhado em monitorar de perto os contratos com as empresas terceirizadas.

O Sindipetro-RJ destaca que não representa diretamente os motoristas empregados pela CS Brasil, mas apoia plenamente a luta de todos os trabalhadores terceirizados da Petrobras. O sindicato ressalta a importância de um sindicato adequado para representar os interesses desses motoristas, destacando a impossibilidade de aceitar a imposição de um sindicato que não pode atuar na região de Itaboraí.



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