Seca histórica na Amazônia pode persistir até janeiro; rios têm situação crítica

Apenas no estado do Amazonas, estima-se que até 500 mil pessoas possam ser afetadas até outubro

Rio Amazônas encontra-se em situação crítica, ocasionando aparecimento de bancos de areia | Defesa Civil AM
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Um Amazônia está enfrentando uma seca severa neste ano que pode estabelecer um novo recorde e persistir até janeiro, de acordo com previsões do Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), vinculado ao governo federal. A situação é especialmente crítica em relação a vários rios estratégicos da região, que estão com vazões abaixo da média histórica.

Nesse cenário, é esperado que o número de municípios afetados pela estiagem aumente até o final do ano, o que terá impactos negativos na navegação fluvial, no acesso à água, no aumento das queimadas e nas perdas da produção agrícola familiar. Apenas no estado do Amazonas, estima-se que até 500 mil pessoas possam ser afetadas até outubro, levando as cidades de Manaus e Rio Branco a declararem estado de emergência.

Ana Paula Cunha, pesquisadora do Cemaden especializada em secas e agrometeorologia, alerta que a situação de seca pode se agravar até dezembro ou janeiro, começando a diminuir a partir de março ou abril de 2024. Atualmente, a região Norte está na estação seca, quando a vazão dos rios naturalmente diminui. No entanto, a estiagem deste ano pode ser tão severa quanto a registrada em 2015 e 2016, ou até mesmo superá-las.

A pesquisadora ressalta que a situação é influenciada pelo El Niño, que é o aquecimento anormal do Pacífico equatorial. Este ano, o El Niño está mais intenso e seus efeitos estão sendo amplificados pelo aquecimento do Atlântico Tropical Norte. Como resultado, muitos rios importantes, como o Negro e o Solimões, que são afluentes do rio Amazonas, devem enfrentar vazões abaixo da média histórica, juntamente com outros rios cruciais, como o Madeira, Juruá, Purus e Xingu.

Além disso, os bancos de areia nos rios estão se tornando mais visíveis e extensos, o que afeta a navegação, a pesca, a agricultura e o equilíbrio ambiental. Essa situação ressalta a urgência de medidas para lidar com os impactos das mudanças climáticas na região da Amazônia.

Leia Mais



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Avalie a matéria:
Tópicos
SEÇÕES