TCU conclui que privatização da Cepisa foi vantajosa; detalhes!

De acordo com o TCU, houve bônus de outorga em favor do Tesouro Nacional, apesar de os dispêndios da desestatização terem superado a venda de ativos.

TCU conclui que privatização da Cepisa foi vantajosa | Reprodução/Divulgação
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O Tribunal de Contas da União (TCU) fez o acompanhamento da desestatização das distribuidoras de energia elétrica então controladas pelas Centrais Elétricas Brasileiras (Eletrobras), incluindo a antiga Companhia Energética do Piauí S.A. (Cepisa), hoje, Eletrobras Piauí. Na análise, o órgão de controle concluiu que a privatização foi vantajosa.

Além da transação envolvendo a empresa no Piauí, o TCU ainda analisou a desestatização da Companhia Energética de Alagoas S.A. (Ceal), Companhia de Eletricidade do Acre S.A. (Eletroacre), Centras Elétricas de Rondônia S.A. (Ceron), Boa Vista Energia S.A. e Amazonas Distribuidora de Energia S.A. (AmE).

Leia Mais

O trabalho constatou erros de precificação que resultaram em ajustes promovidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na avaliação da empresa Ceron, com efeito positivo de R$ 39 milhões, ou 2,84% do equity value da companhia, com correspondente redução de necessidades de aportes ou assunção de dívidas pela Eletrobras. O acompanhamento identificou ainda a não incorporação à base de remuneração das empresas de posições do ativo imobilizado, com possível assunção de dívidas a maior pela Controladora.

TCU fez avaliação do processo de estatização (Foto: Leopoldo Silva)Não houve disputa nos leilões, já que apenas um proponente apresentou proposta para cada distribuidora. O trabalho concluiu que os resultados da desestatização foram vantajosos, pois houve bônus de outorga em favor do Tesouro Nacional, apesar de os dispêndios da desestatização terem superado a venda de ativos.

Outros motivos que levaram à conclusão pela vantajosidade do processo foram: i) a continuidade na prestação de serviços de energia elétrica em localidades isoladas; ii) a suspensão da contínua desvalorização das distribuidoras; e iii) a supressão de aportes recorrentes por parte da Eletrobras para manutenção dos serviços de distribuição de energia (que agora seriam arcados pelo Tesouro Nacional, considerada a privatização da Companhia).

A unidade técnica do TCU responsável pela fiscalização foi a Secretaria de Fiscalização de Infraestrutura de Energia Elétrica. O relator do processo é o ministro Antônio Anastasia.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Avalie a matéria:
Tópicos
SEÇÕES