El Niño começa a perder força; saiba o que muda no clima das regiões do Brasil

O pico do El Niño na temporada 2023/2024 pode já ter ocorrido, sinalizando o início do enfraquecimento deste fenômeno climático, apontam especialistas da MetSul Meteorologia. A análise da temperatura da superfície do mar, em especial na região 3.4 do Pacífico Equatorial Centro-Leste, revela indícios claros dessa mudança.

Usualmente, a temperatura do mar na região 3.4 é um indicador oficial do El Niño e de sua intensidade. A avaliação mais recente mostra uma temperatura de +1,7°C, marcando uma diminuição de 0,4°C em relação aos valores registrados em novembro do ano passado.

O National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), departamento americano especializado, prevê que o El Niño perderá gradualmente sua força, caminhando para uma condição neutra no segundo trimestre do ano, sem fortes influências de El Niño ou La Niña. No entanto, a MetSul alerta que, apesar do enfraquecimento do fenômeno, os efeitos do El Niño ainda serão perceptíveis no país.

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a fase neutra é caracterizada pela ausência de eventos El Niño ou La Niña, mantendo as condições comuns às estações. As estações mais quentes, primavera e verão, geralmente resultam em maior incidência de chuvas.

Persistência dos efeitos do El Niño no país

Mesmo com a perspectiva de enfraquecimento do El Niño, o Inmet destaca que os efeitos do fenômeno ainda serão sentidos no Brasil. O El Niño, caracterizado pelo aquecimento das águas do oceano Pacífico próximo ao Peru, impacta diretamente na circulação das águas e modifica as temperaturas terrestres, podendo causar chuvas intensas ou secas.

A falta de uma sazonalidade específica para o El Niño torna as suas manifestações imprevisíveis, embora seja mais comum em dezembro, durante o verão no hemisfério Sul. As alterações climáticas globais são apontadas como possíveis causadoras desses fenômenos, embora não haja uma explicação definitiva.

Diferenças entre El Niño e La Niña

Enquanto o El Niño é caracterizado pelo aquecimento das águas do oceano Pacífico, a La Niña ocorre pelo resfriamento das águas nas partes central e leste do Pacífico Equatorial. Além disso, a La Niña influencia as condições atmosféricas tropicais, impactando as temperaturas e chuvas em escala global.

Ambos os fenômenos são partes intrínsecas das complexas mudanças climáticas que afetam nosso planeta, tornando crucial o acompanhamento e a compreensão de suas manifestações para a adaptação e mitigação de seus efeitos.

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