Exclusivo Hamas atacou bases militares de dentro e não quer paz, diz brasileiro que vive em Israel

Neste sábado, Israel foi surpreendida com um ataque islâmico, considerado um dos maiores sofridos pelo país nos últimos anos.

Entrevista à Rede Meio Norte, guia brasileiro em Israel, Samuel Zikri | Rede Meio Norte
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“São terroristas que estão ocupando Israel, levando mães, filhos, idosos, pessoas reféns para Gaza, e nós não sabemos o paradeiro dessas pessoas”. Foi o que disse Samuel Ben Zikri, guia brasileiro que mora em Rishon Lezion, Israel, à Rede Meio Norte. Neste sábado (07), o grupo extremista Hamas realizou um ataque surpresa em Israel. O primeiro-ministro Benyamin Netanyahu declarou guerra, e afirmou que “o inimigo pagará um preço como nunca aconteceu antes”.

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Israel foi surpreendido com um ataque islâmico, considerado um dos maiores sofridos pelo país nos últimos anos. O conflito se concentra principalmente na parte sul do país e resultou em mais de 300 pessoas mortas e outros milhares de feridos.

“Primeiramente, as pessoas que morreram nessa guerra, pessoas sequestradas, quero ficar do lado delas, e gostaria que todos orem por Israel, já que está passando por uma situação bem delicada. Está se repetindo aquilo que aconteceu há 50 anos, exatamente na guerra de Yom Kippur. Israel foi pego desprevenido, e novamente nós estamos, com 22 cidades ocupadas por palestinos, na verdade, são terroristas que estão ocupando Israel, levando mães, filhos, idosos, pessoas reféns, para Gaza, e nós não sabemos o paradeiro dessas pessoas. Então, pedimos que orem por essas pessoas e que termine em paz esse conflito”, disse Samuel Ben Zikri à Rede Meio Norte.

O brasileiro mencionou que após o ataque, Benyamin Netanyahu fez um apelo aos cidadãos para cumprirem as diretrizes de segurança. No país, em cada residência existe um abrigo onde as pessoas podem se esconder nos períodos de guerra, invasão, ou quando soa a sirene, segundo explicou Samuel Zikri à Rede Meio Norte.

Homem corre após explosão provocada por foguete lançado da Faixa de Gaza | FOTO: REUTERS/Amir Cohen 

“Recebemos a informação de Israel para não sair de casa, manter as portas fechadas já que várias residências foram invadidas, e também toda vez que ouvir a sirene, deve procurar um abrigo para se proteger. Toda residência é obrigada por lei a ter um abrigo antiaéreo, exceto se a residência seja muito antiga, que você vai para um abrigo público”, disse o guia brasileiro.

HAMAS SE INFILTROU NO EXÉRCITO ISRAELENSE

Questionado sobre a logística de ataque do Hamas a Israel, Samuel Ben Zikri explicou que os israelenses foram pegos desprevenidos. Além disso, ele menciona que Israel tem “excesso de confiança”, e que por esse motivo “houve um desleixo do próprio exército que não se programaram”. 

Entrevista à Rede Meio Norte, guia brasileiro em Israel, Samuel Zikri Ele pontuou ainda que o grupo terrorista invadiu um galpão do exército de Israel, e subtraiu equipamentos de guerra, inclusive roupas. Foi então, que por meio destes utensílios, se infiltraram nas cidades, e partiram para o ataque: “A inteligência falhou”.

“Na verdade a gente confia muito no exército de Israel e eu acho que por esse excesso de confiança houve um desleixo do próprio exército onde não se programaram: a inteligência falhou. Como vocês puderam ver, os terroristas invadiram bases militares, roubaram equipamentos bélicos, inclusive roupas. Eles se fantasiaram de exército de Israel para praticar atos terroristas", disse.

ISRAEL COMEMORAVA O SHABAT

O ataque aconteceu durante um feriado Shabat - para os judeus, em curtas palavras, é o sétimo dia da semana, o dia de descanso e dia do Senhor. O guia brasileiro explicou que as vítimas estavam em suas casas quando foram pegas desprevenidas. 

“O clima está bem tenso, já que como foi pego em um feriado judaico, de tabernáculo, onde as pessoas estão acompanhando a festa judaica. Elas estavam em casa e foram pegas desprevenidas, assim como foi a guerra de 50 anos atrás. O governo pede para ninguém sair de casa, manter as portas fechadas, já que os terroristas têm invadido as residências atirando e sequestrando”, disse.

Fumaça é vista após ataques israelenses a Gaza | FOTO: Mohammed Salem/Reuters

HAMAS NÃO ACEITA ACORDO DE PAZ 

Por fim, Samuel Zikri explicou que essa semana, Hamas recebeu apoio financeiro dos Estados Unidos e do Catar, a fim de “se manter calmo”, o que não aconteceu. Zikri disse ainda que este conflito trata-se de uma disputa “unicamente religiosa”, e que o Irã é o maior responsável pela guerra.

“Ainda esta semana, o Hamas recebeu dinheiro tanto dos Estados Unidos quanto do Catar, para se manter calmo. Além do mais, está sendo assinado a normatização de Israel com o mundo Árabe. O Irã, que não tem interesse em ter essa normatização, financia esses ataques terroristas, tanto na Síria, no Líbano, e em Gaza, ou seja, o maior responsável é o Irã, que não tem interesse nessa paz, o problema é unicamente religioso. Então não existe interesse do Hamas nesta paz, que nós tanto almejamos”, explicou o guia brasileiro em Israel, Samuel Ben Zikri.

VEJA O ANÚNCIO DO PRIMEIRO-MINISTRO BENYAMIN NETANYAHU



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