Incêndio no Pantanal tem cenário de animais em fuga e muita ventania

Com o vento há um fenômeno em que a brasa é carregada e o fogo pula para áreas que não estavam destruídas

Incêndio no Pantanal tem cenário de animais em fuga e muita ventania | Joedson Alves/Agência Brasil
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A densa fumaça, o céu tingido de amarelo e a presença de animais mortos e outros em fuga agravam o cenário de incêndio no Pantanal. O combate aos focos de fogo torna-se ainda mais desafiador devido à intensa ventania na região. O presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Mauro Pires, explica que a forte brisa propicia um fenômeno em que as brasas são transportadas, resultando no salto do fogo para áreas previamente não afetadas. 

“Vimos como os brigadistas estão trabalhando intensamente para combater os incêndios”, disse Pires. Ele entende que a situação ficou menos grave do que durante a semana, mas ainda requer intensificação dos trabalhos das equipes de profissionais. “(A dinâmica do incêndio) é algo que nos preocupa”, afirmou Pires. Equipes do ICMBio, do Ibama e do Ministério do Meio Ambiente reforçam o trabalho. 

COMBATE AO FOGO

“O combate às chamas é feito também no entorno do parque nacional. Tivemos a chance de sobrevoar a comunidade chamada Barra do São Lourenço, em Mato Grosso do Sul, e o trabalho de prevenção tem ajudado a diminuir a incidência desses focos”, salientou. 

Incêndio no Pantanal tem cenário de animais em fuga e muita ventania - Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

A preocupação maior das equipes é a de garantir a segurança dos moradores das localidades. “É um trabalho muito intenso e vai continuar. Chegaram ontem novas equipes de Goiás, do Rio de Janeiro, e de Cavalcante (de comunidade Kalunga). Estamos colocando aqui todo o empenho necessário para combater esses incêndios espalhados por todo o Pantanal”, detalhou. Atualmente, há mais de 300 servidores trabalhando no combate a incêndios no Pantanal, com o apoio de quatro aeronaves e veículos especiais de combate a incêndios. O contingente foi reforçado pelo Ibama e ICMBio.

CAUSAS

O presidente do ICMbio explicou que os incêndios não têm uma única origem. “Nós temos o incêndio provocado por fenômenos naturais, como a queda de raios, mas também não dá para descartar que haja aqui ou ali alguma atividade, um manejo, ou melhor, o uso do fogo”, salientou.

A reportagem identificou animais mortos na localidade e também presenciou a fuga de animais, como de um cervo diante do avanço do incêndio. Segundo o presidente do ICMBio, uma equipe está escalada para fazer uma incursão no parque para tentar resgatar animais em situação de perigo. “Nós estamos aqui com a equipe especializada em resgate de animais (...) O incêndio comove todos nós, especialmente no que se refere à fauna”, especificou. 

Também por isso, ele explica que é necessário ser cuidadoso, evitar ímpetos pessoais e fazer um trabalho coordenado pela segurança dos profissionais que atuam na localidade. “Às vezes, o fogo muda de direção muito rapidamente. Então, o resgate na linha de frente precisa ser muito bem pensado”, finalizou Pires.  

(Com informações da Agência Brasil)



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