Explosão causa incêndio em terminal de gás russo; empresa culpa 'fator externo'

A suspeita é de que essas explosões sejam uma retaliação aos recentes bombardeios da Rússia em grandes cidades ucranianas

Nuvem de fumaça é vista em São Pertersburgo, na Rússia, após explosão em estação de gás natural, em 21 de janeiro de 2024. — | Foto: Telegram via AFP
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Uma explosão seguida por um incêndio devastou parte de um terminal de gás natural em São Petersburgo, Rússia, neste domingo (21). A Novatek, principal produtora de gás natural do país, atribuiu a explosão a "causas externas". Chamas foram avistadas por toda a cidade, a segunda maior da Rússia, conforme relatos da imprensa local.

Moradores relataram ter observado drones sobrevoando a cidade, e a agência de notícias russa Interfax, com base em fontes do governo russo, afirmou que o incêndio foi provocado por um ataque com drones da Ucrânia. A suspeita é de que essas explosões sejam uma retaliação aos recentes bombardeios da Rússia em grandes cidades ucranianas, em resposta aos quais a Ucrânia não havia se manifestado até a última atualização.

A Novatek emitiu um comunicado indicando que, segundo informações preliminares, o incêndio foi resultado de "influência externa", sem fornecer mais detalhes sobre as causas da explosão. Esse incidente ocorre em meio a tensões crescentes entre Rússia e Ucrânia, destacadas pelos ataques ucranianos em Donetsk, controlada pela Rússia, que resultaram na morte de 18 pessoas e ferimentos em outras dez. O prefeito Alexei Kulemzin, nomeado pela Rússia, afirmou que o ataque ocorreu em uma área movimentada da cidade, onde estão localizadas lojas e um mercado.

Donetsk, uma das quatro regiões ucranianas que a Rússia alegou ter anexado após um referendo local no ano passado, não teve sua anexação reconhecida pela ONU e pela maioria dos países na Assembleia Geral das Nações Unidas. As explosões em São Petersburgo neste domingo são suspeitas de serem uma resposta da Ucrânia à recente escalada de bombardeios russos, contrastando com o cenário da guerra ao longo de 2023, caracterizado por ações mais concentradas nas frentes de batalha.

Desde o final de dezembro, as tropas russas têm bombardeado diversos alvos civis na Ucrânia, segundo autoridades ucranianas. Em 29 de dezembro, Moscou realizou um dos maiores ataques coordenados, atingindo alvos civis, como uma maternidade, resultando em 30 mortes, de acordo com Kiev.



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