Pais das vítimas esmagadas entre carretas desabafam sobre o acidente

O pai da passageira do véiculo destacou que, por residir próximo à Via Anchieta em Cubatão, é testemunha frequente dos inúmeros acidentes ocorridos na região.

Vítimas do acidente | Reprodução
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Um grave acidente envolvendo uma carreta e um carro de passeio deixou duas pessoas mortas, em Cubatão, São Paulo. A fatalidade ocorreu na Rodovia Anchieta no dia 23 de junho. Os pais das vítimas fatais esmagadas no acidente, clamam por mais segurança na rodovia e deixam um alerta para que motoristas de veículos leves não trafeguem na mesma via que os pesados.

(Foto:  Nina Barbosa )

Nilton Oliveira dos Santos, pai da cirurgiã-dentista Stephanye Oliveira e operador de produção, destacou que, por residir próximo à Via Anchieta em Cubatão, é testemunha frequente dos inúmeros acidentes ocorridos na região. Ele expressou sua insatisfação em relação à concessionária responsável pelo Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI), a Ecovias, afirmando que a empresa apenas alega que o número de acidentes reduziu, o que, segundo ele, não condiz com a realidade observada localmente. 

Ele faz um apelo para que o tráfego de veículos de maior porte seja separado do tráfego de veículos de pequeno porte, enfatizando que essa medida não parece ser algo difícil de ser implementado, apesar das possíveis questões burocráticas que as autoridades possam enfrentar. Ele acredita firmemente que a vida humana deve ser valorizada acima de tudo e que existem recursos disponíveis para aprimorar a segurança nas estradas.

De acordo com o operador de produção, familiares e amigos das vítimas planejam realizar um protesto neste domingo, às 14h, com o intuito de exigir melhorias nas estradas por parte das autoridades responsáveis. Ele lamenta que, infelizmente, seja necessário agir dessa forma, mas afirma que o ocorrido não foi apenas um acidente, mas sim um crime que precisa ser levado a sério.

Michelle Arruda, autônoma e mãe da cirurgiã-dentista, destacou que um aspecto crucial a ser reivindicado durante o protesto é a necessidade de uma fiscalização mais rigorosa. Segundo ela, o caminhão envolvido no acidente estava carregado com peso excessivo, muito acima do permitido. Além disso, o veículo estava transitando em alta velocidade, cerca de 80 km/h, em uma via com limite de 50 km/h. Michelle ressaltou que o caminhão também estava na faixa da esquerda, evitando a fiscalização nas balanças de pesagem. Ela enfatizou a importância de uma fiscalização mais efetiva para evitar que tragédias como essa aconteçam com outras famílias e jovens. 

Solange Olivencia Morales, aposentada de 62 anos, ressaltou que seu filho Caio Olivencia Morales dos Santos, que era motorista de aplicativo e estudante de Tecnologia da Informação (TI), e a cirurgiã-dentista tinham toda uma vida pela frente. Ela enfatizou que, apesar da importância do protesto, ele não pode trazer de volta a vida dos entes queridos e amenizar a dor que estão enfrentando.

Solange destacou que um dos principais objetivos da manifestação é evitar que mais acidentes fatais ocorram no futuro. Ela expressou sua preocupação com a segurança de sua outra filha, sua família e outras pessoas queridas em suas vidas. A luta é para garantir que esses amores preciosos de outras famílias não sejam perdidos de forma trágica.

 De acordo com Solange, é inaceitável que a concessionária tenha uma balança de pesagem de veículos, mas não implemente uma fiscalização efetiva para controlar o cumprimento das regulamentações. Ela considera essa situação como um completo descaso. Solange destaca que é comum os caminhões evitarem a balança de pesagem e não serem devidamente fiscalizados. Em sua opinião, não adianta ter a balança se aqueles que estão carregando excesso de peso simplesmente ignoram a obrigatoriedade de parar e seguem em frente impunemente.

Por meio de nota, a Ecovias expressou pesar pelo trágico acidente e esclareceu que sua responsabilidade em relação às balanças se restringe ao fornecimento, manutenção e operação dos equipamentos de pesagem. A empresa ressaltou que não possui autoridade para realizar a fiscalização, perseguir ou punir infratores de qualquer natureza.  

A Ecovias ressaltou sua parceria com o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e a Polícia Militar Rodoviária, fornecendo equipamentos e recursos para auxiliá-los em suas tarefas de fiscalização e autuação. A empresa enfatizou seu compromisso em colaborar com as autoridades competentes para garantir a segurança nas rodovias e contribuir para a prevenção de acidentes. 

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