Rússia fecha espaço aéreo a países europeus; negociação com Ucrânia segue

Delegações estão reunidas em Belarus para discutir cessar-fogo. Governo ucraniano diz que bombardeio matou dezenas em Kharkiv

reunião | reprodução
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Um assessor da presidência da Ucrânia, Oleksiy Arestovych, que não faz parte da comitiva que foi negociar com os russos na Belarus, afirmou nesta segunda-feira (28) que todos militares russos deveriam sair do território ucraniano para que se chegue a um acordo.

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Inicialmente, os jornais ucranianos afirmaram que essa seria a exigência dos representantes reunidos com os russos, mas depois a informação foi retificada: trata-se de uma opinião dele.

A Rússia proibiu aviões da Alemanha, França, Espanha, Itália e de outros 32 países de sobrevoar seu território. Trata-se de uma medida de retaliação: diversos países da Europa fecharam seu espaço aéreo a aeronaves russas depois da invasão da Ucrânia.

Autoridades russas e ucranianas participam de negociãção

Mais de meio milhão de pessoas já deixaram a Ucrânia 

Mais de 500 mil pessoas fugiram da Ucrânia para países vizinhos desde o início da invasão militar russa na última quinta, segundo informou em rede social o alto comissário das Nações Unidas para os refugiados, Filippo Grandi, nesta segunda-feira (28).

Pouco antes, o escritório de Grandi havia informado que 499.412 refugiados haviam sido registrados, incluindo 281 mil na Polônia. Com bagagens leves, de trem, de carro, às vezes a pé, principalmente mulheres e crianças chegam aos países fronteiriços. Homens em idade de lutar não podem sair da Ucrânia.

A Hungria recebeu 84.586 refugiados, segundo o balanço mais recente; Moldávia, mais de 36.000 pessoas; e Romênia e Eslováquia, cerca de 30.000. Outros 34.600 ucranianos foram para outros países europeus. Os ucranianos não precisam de visto para entrar na UE ou na Suíça.

Mais de 500 mil refugiados deixam a Ucrânia 

Ministério da Defesa da Rússia atende Putin e põe forças nucleares em alerta

As forças nucleares da Rússia foram colocadas em modo de "função aumentada de combate", em linha com a ordem de Vladimir Putin dada no domingo (27). A informação é da agência de notícias russa Interfax, que afirmou ter citado o Ministério da Defesa.

No domingo, Putin deu ordem para que o comando de seu país colocassem as armas nucleares de represália em posição de alerta grave, depois de ouvir declarações que considerou agressivas de representantes dos países que fazem parte da Otan.

"Comando ao ministro da Defesa para que as forças de deterrência do país estejam de prontidão", disse ele. Deterrência é o ato de impedir um ataque provocando um dano ao agressor —essa é uma referência a unidades militares que incluem armas nucleares.

Veículo militar transita por Kiev - Foto: Reuters 

Dezenas morreram em bombardeio a cidade de Kharkiv, diz dirigente de governo

Dezenas de pessoas morreram em um bombardeio intenso na cidade de Kharkiv, no leste da Ucrânia, nesta segunda-feira (28), disse Anton Herashchenko Um assessor do Ministério do Interior do país.

"Kharkiv acabou de ser intensamente atingida por foguetes. Dezenas de mortos e centenas de feridos", disse ele em uma publicação no Facebook.

Ucrânia e Rússia iniciam reunião para negociar sobre fim do conflito

Começou nesta segunda-feira (28), por volta das 8h (horário de Brasília), uma reunião entre delegações da Ucrânia e da Rússia em Belarus para tratar sobre o conflito na região. Nenhum dos dois presidentes envolvidos na guerra participam do encontro, que não tem hora para acabar. Na reunião, a Ucrânia exigirá um cessar-fogo "imediato" e a retirada das tropas russas. A Rússia não quis revelar sua posição antes do encontro. 

Hoje, a invasão russa à Ucrânia entrou no quinto dia. A capital, Kiev, e a segunda maior cidade ucraniana, Kharkiv, amanheceram com explosões, segundo relatório do serviço estatal de informação do país. As Forças Armadas ucranianas, porém, dizem que o Exército russo parece ter diminuído o ritmo da ofensiva, quando são aguardadas negociações entre as duas nações.

Ministro das Relações Exteriores de Belarus faz pronunciamento em reunião entre delegações - Foto: Reuters 

Ucrânia e Rússia devem iniciar negociações hoje; há combates em Kiev

A delegação ucraniana chegou nesta segunda-feira (28), à fronteira do país com a Belarus para negociar com representantes russos, afirmou o gabinete da presidência da Ucrânia. Para os ucranianos, os principais objetivos da negociação são um cessar-fogo imediato e uma saída das tropas russas que invadiram seu país.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, deu indicações de que não acredita que o encontro entre as comitivas pode ser frutífero: “Eu não acredito realmente no resultado desse encontro”, afirmou ele, segundo o jornal "The New York Times".

Membros da comitiva ucraniana chegam à região central de Belarus, para negociar com russos - Foto: Handout 

Houve batalhas nos arredores da cidade de Mariupol, na Ucrânia, durante a noite, disse nesta segunda o dirigente da região de Donetsk, Pavlo Kyrylenko.

Ele não disse se as forças russas conquistaram ou perderam território e nem deu números de perdas de soldados.

Ucranianos dizem que russos atacaram prédios residenciais no norte do país

Os russos atacaram prédios residenciais com mísseis em duas cidades do norte da Ucrânia, afirmou o Estado-Maior das Forças Armadas ucraniano.

Os ataques ocorreram nas cidades de Zhytomyr e Chernigov, segundo a Ucrânia.

Como os alvos são civis, houve violação ao direito humanitário internacional, disse o Estado-Maior das Forças Armadas ucraniano.

"Ao mesmo tempo, todas as tentativas dos invasores russos de alcançar o objetivo da operação militar fracassaram", acrescentou.

Voluntário ensina  com coquitéis molotov na cidade de Lviv - Foto: AFP

ONU: há 94 mortos civis na Ucrânia

Um grupo da ONU que está monitorando o conflito na Ucrânia afirmou que há 376 civis atingidos no país e que 94 deles morreram. Os números são referentes aos três primeiros dias da invasão.

Para a ONU, a invasão desencadeou consequências humanitárias severas e que as perdas podem ter um número significativamente mais alto.

Além dessas vítimas, há os deslocados e refugiados: 422 mil pessoas deixaram o país, segundo Michelle Bachelet, alta comissária da ONU para Direitos Humanos.

Ucrânia vai soltar prisioneiros que aceitem lutar contra a Rússia, diz presidente

Garoto pula em trincheira na Ucrânia - Foto: AFP

Volodymyr Zelensky afirmou nesta segunda-feira (28) que vai soltar prisioneiros com experiência militar que estiverem dispostos a se unir à luta contra a Rússia.

O ministro de Defesa da Ucrânia, Oleksii Reznikov, já havia dito, no começo da invasão, que qualquer um que consegue segurar uma arma pode se unir às forças de defesa territorial.

Otan vai mandar mais armas para a Ucrânia

Os parceiros da Otan vão fornecer mísseis de defesa contra ataques aéreos e armas contra tanques de guerra, afirmou nesta segunda-feira (28) o secretário-geral da entidade, Jans Stoltenberg, em uma rede social.

Ele afirmou que conversou com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, mais cedo.

No domingo, os países da União Europeia começaram a entregar quantidades significativas de armas à Ucrânia para ajudá-la a se defender contra a invasão lançada pela Rússia.

Josep Borrell, alto representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, disse no domingo que a União Europeia aprovou envio de caças à Ucrânia.



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