Tarcísio oculta registros de crime de extorsão mediante sequestro em SP

Esses dados eram tradicionalmente disponibilizados pela Secretaria de Segurança Pública desde 1995.

Tarcísio de Freitas, Governador de São Paulo | Isadora de Leao Moreira
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A gestão do ex-governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) deixou de divulgar os registros dos últimos três anos referentes ao crime de extorsão mediante sequestro no estado de São Paulo. Esses dados eram tradicionalmente disponibilizados pela Secretaria de Segurança Pública desde 1995. No ano passado, os indicadores atingiram o nível mais alto na capital paulista desde 2012.As informações são da Folhapress.

A pasta informou à Folhapress que encontrou inconsistências nas informações e, por isso, está revisando os dados. A previsão é que eles voltem a ser publicados somente em outubro. A Secretaria, sob a chefia atual de Guilherme Derrite, atribuiu os problemas a um decreto de 2020, que reestruturou as delegacias antissequestro.

Apesar de ser obrigatória a divulgação trimestral dos dados, apenas as informações até 2019 estão disponíveis para consulta. Registros da plataforma Wayback Machine, do site The Internet Archive, indicam que essas informações estavam acessíveis até março deste ano.

A ausência desses dados foi revelada inicialmente pelo site Metrópoles e depois confirmada pela Folha de S.Paulo. Em maio, durante o governo de Rodrigo Garcia (PSDB), sucessor de Tarcísio de Freitas, foi anunciada uma auditoria para analisar os dados criminais registrados no estado em 2022.

Na última atualização disponível, realizada na quarta-feira (26), foi revelado um número recorde de crimes de estupro e um aumento nos furtos no estado durante os primeiros seis meses da gestão de Tarcísio de Freitas.

O crime de extorsão mediante sequestro envolve a restrição da liberdade de uma pessoa e a exigência de pagamento de valores ou bens para um terceiro. A alta nos casos de extorsão pode estar relacionada à popularização do Pix e a golpes envolvendo aplicativos de namoro.

Para combater esses crimes, a Secretaria de Segurança Pública afirma ter ampliado as ações de patrulhamento e investigação. Além disso, criou, em abril deste ano, um sistema de informações e prevenção a crimes financeiros, com o objetivo de monitorar dados relacionados a esse tipo de crime.

O Brasil tem enfrentado um aumento significativo nos crimes envolvendo aplicativos e o Pix, tornando-se cada vez mais lucrativos para quadrilhas. Dados do 17º Anuário Brasileiro de Segurança Pública mostraram que, no país, 208 estelionatos ocorriam a cada hora.

Com informações da Folhapress



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