Donald Trump deve se tornar hoje o 1º a sofrer 2 impeachments nos EUA

Desta vez, ele é acusado formalmente de incitar à violência devido à invasão do Capitólio, sede do Congresso americano, na semana passada.

Donald Trump | Divulgação
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Congressistas republicanos passaram a apoiar o impeachment do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na véspera do julgamento na Câmara.

Trump deve se tornar nesta quarta-feira (13) o primeiro presidente americano da história a sofrer dois impeachments. Desta vez, ele é acusado formalmente de incitar à violência devido à invasão do Capitólio, sede do Congresso americano, na semana passada.

No primeiro impeachment, em 2019, ele foi condenado pela Câmara mas absolvido pelo Senado. Na ocasião, todos os congressistas republicanos votaram contra o processo. Desta vez, já são cinco os que anunciaram que vão votar pelo impeachment -- inclusive apoiadores de longa data do presidente.

No Senado, onde os republicanos são maioria e é necessário ter 2/3 dos votos para remover Trump do cargo, o líder do Partido Republicano afirmou a interlocutores que está satisfeito que os democratas estão tentando tirá-lo do cargo e que o presidente cometeu crimes passíveis de impeachment.

Mitch McConnell, senador pelo Kentucky que apoiava Trump, condenou a invasão ao Capitólio que resultou em cinco mortes e disse reservadamente que, com o impeachment, será mais fácil expulsar Trump do partido.

Donald Trump 

Dissidência na Câmara

Entre os congressistas que anunciaram voto contra Trump estão, segundo o jornal "The New York Times":

Liz Cheney, deputada por Wyoming: terceira republicana da Câmara, afirmou na noite de terça que votaria pelo impeachment pelo papel que o presidente teve na "morte e destruição no espaço mais sagrado de nossa República";

John Katko, deputado por Nova York: ex-promotor federal, foi o primeiro republicano a anunciar publicamente que apoiaria o impeachment;

Adam Kinzinger, deputado por Illinois: crítico frequente de Trump, afirmou que o presidente americano "encorajou uma multidão enfurecida a invadir o Capitólio dos Estados Unidos";

Fred Upton, deputado pelo Michigan: disse em comunicado que votaria pelo impeachment após o Trump “não expressar arrependimento” pelo que aconteceu no Capitólio;

Jaime Herrera Beutler, deputada pelo estado de Washington: disse que votaria pelo impeachment por acreditar que o presidente violou seu juramento: "Vejo que meu próprio partido será melhor atendido quando aqueles entre nós escolherem a verdade".

Biden não toma posição

Ao contrário dos congressistas democratas, que tem se esforçado para remover Trump do cargo, o presidente eleito dos EUA, Joe Biden, que será empossado na próxima quarta (2), se recusou a endossar o processo de impeachment e deixou a decisão a cargo do Congresso.

O futuro presidente não quer inflamar os ânimos entre os republicanos e agregá-los novamente em torno de Trump, em um momento em que o presidente e seu partido estão enfraquecidos. Ele também foge do desgaste político, da paralisia legislativa e de um desvio de rota de sua agenda no Congresso.

Para Biden, o ideal seria que o processo de impeachment sofresse uma pausa no Senado. Assim, não poria em risco os planos para combater a pandemia do novo coronavírus e seus reflexos na economia americana.



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