Trump promete “transição ordeira” após Congresso ratificar Joe Biden

Trump tem se recusado a reconhecer a derrota para Biden e afirma que houve “fraudes massivas” na eleição

Joe Biden x Donald Trump | Divulgação
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Após o Congresso americano ratificar a vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais de novembro na madrugada desta quinta-feira (7), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que "haverá uma transição ordeira em 20 de janeiro".

"Embora isso represente o fim do maior primeiro mandato da história presidencial, é apenas o começo de nossa luta para tornar a América grande de novo", afirmou Trump ao reconhecer a derrota para Biden, que tomará posse no dia 20.

A declaração foi publicada pelo porta-voz da Casa Branca, Dan Scavino, e foi feita após apoiadores do presidente invadirem o Capitólio, sede do Congresso americano, e causar a suspensão da sessão. Quatro pessoas morreram durante a invasão, segundo a polícia.

"Mesmo que eu discorde totalmente do resultado da eleição, e os fatos me confirmem, haverá uma transição ordenada em 20 de janeiro", afirmou o presidente dos EUA.

Trump tem se recusado a reconhecer a derrota para Biden e afirma que houve "fraudes massivas" na eleição, apesar de não haver nenhuma prova ou evidência de que isso tenha ocorrido.

Renúncias na equipe

Segundo o canal de televisão CNN, o comunicado foi feito também para evitar uma onda de renúncias na equipe presidencial. Desde o início dos protestos, pelo menos três funcionários do governo Trump entregaram seus cargos:

-Stephanie Grisham, ex-diretora de comunicações da Casa Branca e ex-secretária de imprensa e atual chefe de gabinete da primeira-dama Melania Trump

-Matt Pottinger, vice-conselheiro de Segurança Nacional de Trump

-Mick Mulvaney, ex-chefe de gabinete de Trump e atual enviado especial à Irlanda do Norte

Certificação no Congresso

A sessão do Congresso foi retomada após horas de interrupção causada por extremistas apoiadores de Trump, que invadiram o Capitólio, e foi encerrada às 5h44 (horário de Brasília) desta quinta-feira (7), após o vice-presidente dos EUA, Mike Pence, proclamar o resultado da eleição.

“O anúncio do estado da votação pelo presidente do Senado será considerado uma declaração suficiente para as pessoas eleitas presidente e vice-presidente dos Estados Unidos para o mandato que começa no dia 20 de janeiro de 2021 e será inscrito junto à lista de votos nos jornais do Senado e da Câmara dos Representantes", afirmou Pence após a contagem dos votos do Colégio Eleitoral.

Em condições normais, a sessão seria um procedimento meramente formal. Mas Trump pressionava Pence, que presidiu a sessão porque o vice-presidente dos EUA também ocupa o cargo de presidente do Senado, a não aceitar a certificação de Biden.

Ao retomar a sessão, Pence — que também saiu derrotado na tentativa de se reeleger como vice na chapa de Trump — criticou a invasão do Capitólio e celebrou a volta da sessão.

"Para aqueles que causaram estragos em nosso Capitólio hoje: vocês não ganharam", disse Pence durante seu discurso na reabertura.

"A violência nunca vence. A liberdade vence. Ao nos reunirmos novamente nesta câmara, o mundo testemunhará novamente a resiliência e a força de nossa democracia. E esta ainda é a casa do povo. Vamos voltar ao trabalho", concluiu.

Momentos antes da invasão, Trump disse que marcharia junto com os apoiadores ao Congresso. "Eu estarei com vocês. Vamos andar até o Capitólio e felicitar nossos bravos senadores e congressistas", disse no discurso em que rejeitou, mais uma vez, reconhecer o resultado da eleição. Ele, no entanto, não foi visto na marcha.

Trump promete "transição ordeira" nos EUA



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