Alepi permite aluno entrar pela 1ª vez em prédio com cão de apoio emocional

Nesta quinta-feira (13), a estudante de medicina veterinária Uanda Mirella, juntamente com seus pets Sol e Amora, tiveram uma experiência única em suas vidas. Elas adentraram na Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) juntas pela primeira vez para mediar uma roda de conversa.

Uanda Mirella, portadora do Transtorno do Espectro Autista (TEA), foi a mediadora da conversa que tratou sobre a importância da regulamentação dos animais de apoio emocional. O evento ocorreu na Praça do Povo e fez parte da programação da Semana de Conscientização sobre o Autismo, realizada pelo Serviço Social da Alepi.

Em seguida, a estudante se reuniu com o presidente da Casa, o deputado Franzé Silva (PT), autor do Projeto de Lei 63/23. Esse projeto tem como objetivo garantir o acesso de pessoas acompanhadas por animais de apoio emocional em espaços públicos e privados no estado do Piauí.

Durante a roda de conversa, Uanda Mirella pôde defender a importância da legislação. “As pessoas ainda entendem os cães de suporte emocional apenas como pet. Elas não entendem como necessidade”, descreveu a estudante.

O objetivo da legislação proposta é ampliar os direitos que, atualmente, são garantidos somente para aqueles acompanhados por cães-guia. Uanda Mirella destacou que existe uma proposta de legislação na Câmara Federal desde 2018, mas que a tramitação encontra-se parada.

Durante a roda de conversa, a servidora Didata Guedes elogiou a iniciativa. Ela mencionou que possui um neto autista que vem pedindo um cachorro há algum tempo. As informações compartilhadas pela estudante de medicina veterinária sobre temas como raça, escolha do filhote e a relação entre animal e tutor motivaram a servidora a realizar o desejo do neto.