DJ preso em Teresina usava motoristas de app para entregar drogas

O suspeito estaria traficando drogas sintéticas em raves, boates e festas na zona Leste da capital piauiense

Rodolpho Henrique de Sousa Correia | Redes Sociais
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O DJ Rodolpho Henrique de Sousa Correia, de 32 anos, preso no último sábado (15) suspeito de traficar drogas sintéticas em Teresina, usava motoristas de aplicativos para realizar a entrega dos entorpecentes aos clientes. Em entrevista para o Bom Dia Meio Norte nesta segunda-feira (17), o delegado Jarbas Lima, da Delegacia de Prevenção e Repressão a Entorpecentes (Depre), deu detalhes sobre o caso. Veja a entrevista abaixo.

Rodolpho Henrique mantinha uma ampla rede de contatos e negociava com os compradores das drogas através de aplicativos de mensagens. A investigação da Depre aponta que a entrega dos entorpecentes envolvia também transportes por aplicativo. “Quando a venda não era feita em estabelecimentos noturnos, ele utilizava o modo delivery e chegava a mandar as drogas através de motoristas aplicativos”, contou o delegado.

DJ Rodolpho estava em casa no momento da prisão (Foto: Redes Sociais)

Ainda segundo o coordenador da operação, há uma intensa troca de mensagens do DJ via aplicativo negociando entorpecentes para várias pessoas em Teresina, algumas bem conhecidas. “É preciso aprofundar a investigação para ver se há um problema de saúde pública ou envolvimento no tráfico. De qualquer forma, essas pessoas fomentam o crime, pois quem compra drogas está financiando o tráfico, o que é tão grave quanto um indivíduo que compra uma pedra de crack na periferia”, falou o delegado.

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De acordo com Jarbas Lima, a investigação contra o homem de 32 anos começou há quatro meses e o suspeito estaria traficando drogas sintéticas em raves, boates e festas frequentadas por pessoas de alto poder aquisitivo na zona Leste de Teresina.

Durante a operação deflagrada na tarde de sábado (15), Rodolpho foi encontrado em casa com "Lágrimas de Shiva", ecstasy/MDMA em pó, 114 comprimidos de ecstasy/MDMA, cristais de MDMA, 26 micropontos gringos de 25I-NBOMe (droga alucinógena derivada das feniletilaminas) e garrafas de “loló”. O apartamento onde ele vivia estava bagunçado e sujo, segundo o delegado.

Quem é Rodolpho Correia, preso com droga apreendida pela 1ª vez no Piauí (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Agentes infiltrados em boates descobriram que o suspeito adentrava nos estabelecimentos às vezes só para tocar ou vender as drogas, que eram guardadas em uma caixinha de metal de chiclete importado. Geralmente, a venda acontecia no banheiro dos estabelecimentos, longe das câmeras de segurança.

Em sete meses, é a segunda vez que a Depre apreende drogas sintéticas no Piauí. No ano passado, três pessoas foram presas por efetuar venda dos entorpecentes.

Segundo o delegado Jarbas Lima, as drogas são divididas de três formas no sistema nervoso central de uma pessoa: depressoras, estimulantes e psicoativas. As drogas sintéticas têm um efeito psicodélico e alucinógeno no sistema nervoso central, fazendo com que a pessoa perca a noção de tempo e de espaço, comece a ter visões artificiais e alucinações. "O êxtase, por exemplo, tem efeito de até 8 horas. Isso é perigoso porque geralmente o traficante recebe a droga para vender e não sabe a quantidade que está ali, dependendo do organismo, a pessoa pode vir a óbito”, contou.

Conforme a Depre, DJ Rodolfo Henrique de Sousa Correia confessou a prática de venda de drogas no momento da prisão. “Ele confessou. Para ele, ele não se achava traficante, cometia ilícitos, mas não se achava um criminoso”, comentou Jarbas no Bom Dia Meio Norte.



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