Doméstica é resgatada após 30 anos em situação análoga à escravidão

O MPT recebeu a denúncia e acionou a Polícia Federal para realizar operação

MPT recebeu a denúncia e acionou a PF para resgatar a mulher em Teresina | Ascom
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

A Polícia Federal, em ação conjunta com auditores fiscais do trabalho, com o Ministério do Trabalho e Emprego – MTE e com o Ministério Público do Trabalho – MPT, resgataram nesta quinta-feira (15) uma trabalhadora doméstica que era mantida há cerca de 30 anos em condições análogas à escravidão, em Teresina. 

PF resgatou mulher vivendo em situação análoga à escravidão em Teresina Foto: Ascom 

O MPT recebeu a denúncia e acionou a Polícia Federal para realizar a operação, que constatou a situação de submissão a trabalho em jornadas exaustivas, vulnerabilidades socioeconômicas e ausência de formalização do vínculo empregatício e de pagamento de salários e demais direitos trabalhistas como férias, folgas. 

''Condutas dessa natureza violam a dignidade da pessoa humana e desrespeitam direitos básicos conquistados pelos trabalhadores ao longo do tempo'. Como medidas administrativas decorrentes da ação - de acordo com a esfera de competência de cada órgão, foram lavrados autos de infração para o responsável, regularização e pagamento das obrigações trabalhistas, sem olvidar de indenização por danos morais'', disse a PF em nota. 

Foram realizadas entrevistas e colhido o depoimento da trabalhadora, que atestaram o longo vínculo empregatício e o isolamento social da vítima, para instruir os procedimentos criminais instaurados para apurar o cometimento de delito de redução à condição análoga à de escravo, previsto no art. 149 do Código Penal.

Após ser resgatada, a mulher  foi informada sobre as condições à qual estava sendo submetida e levada para um abrigo na capital.

Empresária que escravizou jovem por 15 anos vai para prisão domiciliar

O desembargador Sebastião Ribeiro Martins, do Tribunal de Justiça do Piauí, concedeu nesta terça-feira (6) prisão domiciliar para a empresária e fisioterapeuta Francisca Danielly Mesquita Medeiros, que é acusada de manter a afilhada Janaína dos Santos Ferreira, 27 anos, em cárcere privado e situação análoga à escravidão por 15 anos.  Ela foi presa no dia 23 de maio em sua residência no bairro Ilhotas, zona Sul de Teresina.

O advogado Paulo Germano Martins Aragão, que defende a acusada, ingressou com habeas corpus com um pedido de liminar e que foi acatado pelo magistrado. A empresária terá que usar tornozeleira eletrônica e deverá comparecer periodicamente em Juízo.    

Um dos fatores que levou à decisão da prisão domiciliar foi o fato de Francisca Danielly ser mãe de duas crianças, sendo uma delas portadora de transtorno do espectro autista, e ela é a única que assume as obrigações com os cuidados dos filhos.  



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES