Empresário suspeito de matar esposa e forjar suicídio dela é solto em Teresina

Eliésio estava sob custódia preventiva desde a morte de sua esposa e agora enfrentará os processos em liberdade.

Kamila Carvalho e Eliésio Marinho da Silva | Empresário suspeito de matar esposa e forjar suicídio dela é solto em Teresina
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O empresário Eliésio Marinho da Silva, suspeito de assassinar sua esposa Kamila Carvalho do Nascimento, de 22 anos, e depois simular um suicídio, em Teresina, foi libertado em 26 de janeiro após uma decisão do juiz de Direito da Central de Inquéritos de Teresina, Valdemir Ferreira Santos.

Eliésio estava sob custódia preventiva desde a morte de sua esposa e agora enfrentará os processos em liberdade. Sua soltura foi concedida pela Justiça do Piauí após ele cumprir medidas cautelares, como recolhimento domiciliar noturno, monitoramento eletrônico e proibição de se aproximar da filha, irmã e pai da vítima.

O crime ocorreu em 20 de outubro de 2023, na residência da família localizada na Avenida Campo Maior, no bairro Aeroporto, zona Norte de Teresina. Um dia após o crime, Eliésio procurou a imprensa e alegou que Kamila teria cometido suicídio na presença dele e da filha do casal. Em várias entrevistas, como em uma que foi concedida para o programa Bom Dia Meio Norte, apresentado por Ieldyson Vasconcelos, o empresário chorou e lamentou pela morte de Kamila.

 No entanto, durante a investigação conduzida pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a perícia revelou que uma faca foi colocada na mão de Kamila após a sua morte, que o disparo não poderia ter sido realizado por ela mesma e que o posicionamento do corpo da vítima foi alterado após a morte.

O promotor de Justiça Régis de Moraes Marinho, do Ministério Público do Piauí (MP-PI), ofereceu a denúncia contra Eliésio. Os agravantes do homicídio trazem motivo torpe, recurso que impossibilitou a defesa e o feminicídio, pelo fato de ser contra uma mulher por razões de gênero.

Além disso, o promotor mencionou a violência doméstica e familiar, o feminicídio cometido na presença de um descendente - a filha do casal, de 4 anos, testemunhou o crime - e o uso de uma arma de fogo de uso restrito.

Em dezembro, o Núcleo de Feminicídio do DHPP concluiu que Eliésio tentou simular um cenário de suicídio ao colocar uma faca na mão da vítima já falecida e uma arma de fogo próxima ao seu corpo. A análise pericial ainda revelou que o tiro que matou Kamila foi disparado de uma distância maior do que seria possível se ela estivesse segurando a pistola.

Com base nessas conclusões periciais, a delegada Nathalia Figueiredo, do DHPP, indiciou o ex-marido de Kamila pelos crimes de homicídio - qualificado como feminicídio e por ser cometido na presença de uma criança - e fraude processual, por tentar enganar os investigadores.

Eliésio Marinho da Silva, suspeito do crime, foi preso três dias após a morte de sua ex-esposa e permaneceu detido por 96 dias até ser libertado pela Justiça em 26 de janeiro de 2024.

Simulação da morte

Em 28 de novembro, o DHPP e o Instituto de Criminalística realizaram uma reconstituição simulada da morte de Kamila Carvalho do Nascimento, de 22 anos. A jovem foi encontrada com um tiro na cabeça em outubro de 2023, em sua residência em Teresina.

O resultado dessa reconstituição foi o laudo pericial, que revelou a tentativa de Eliésio de forjar o suicídio. 



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