No Senado, Rafael discute Fundo de Desenvolvimento, Conselho Federativo e mais

Chefe do Executivo do Piauí participou do debate, em Brasília, com a participação de demais governadores

No Senado, Rafael discute Fundo de Desenvolvimento, Conselho Federativo e mais | Ascom
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O governador Rafael Fonteles participou, nesta terça-feira (29), em Brasília, do debate sobre a reforma tributária (PEC 45/2019), no Senado Federal, com governadores. Na ocasião, ele defendeu quatro pontos importantes sobre o tema. O gestor falou sobre dois pontos envolvendo o Fundo de Desenvolvimento Regional, um sobre o Conselho Federativo e o último sobre a alíquota reduzida para alguns setores.

Em relação ao Fundo do Desenvolvimento Regional, que será criado para compensar o fim da guerra fiscal entre os estados, Rafael Fonteles quer que o critério de rateio do fundo seja proporcional ao inverso da renda per capita dos estados. “É um princípio constitucional diminuir as desigualdades regionais. A função do Fundo de Desenvolvimento Regional é corrigir desigualdades regionais. Então, nós temos que atuar para ter estados e regiões menos desiguais. Por que não colocar o critério na Constituição Federal?”, indagou o governador, lembrando que os demais governadores do Nordeste têm o mesmo ponto de vista.

Ainda em relação ao Fundo Regional, o chefe do Executivo Estadual criticou o valor acordado até agora, de R$ 40 bilhões. Rafael disse que a quantia é insuficiente para fazer a política de desenvolvimento regional e pediu que os senadores votem para aumentar o valor para R$ 75 bilhões.

O governador do Piauí lembrou que o Comitê Nacional de Secretários de Fazenda, Finanças, Receita, Tributação ou Economia dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz) havia proposto um valor do fundo que subiria aos poucos, até chegar a R$ 75 bilhões. “Foi pactuado de forma inteligente. É uma escadinha que vai de R$ 8 bilhões, depois vai crescendo. Exatamente porque a União passa por um desafio fiscal, como os estados e municípios. Se não puder chegar nos R$ 75 bilhões, que chegue num valor maior do que os R$ 40 bilhões que está no texto aprovado pela Câmara dos Deputados”, frisou o gestor.

Outro ponto abordado por Rafael Fonteles foi sobre o Conselho Federativo, que será criado para administrar a arrecadação e a regulamentação do Imposto Sobre Bens e Serviços, que substituirá o ICMS e o ISS. O governador defende a paridade entre os estados na gestão do Conselho, de forma que todas as unidades da Federação devem ter o mesmo peso, como acontece com as votações do Senado, independentemente do tamanho da população.

“O Conselho Federativo, por mais que seja um órgão eminentemente técnico, tem que ter o mesmo espelho do Senado Federal, que é a Casa da Federação. Paridade, igualdade de peso entre os 27 estados e o Distrito Federal. Acredito que todos os governadores do Nordeste também já se manifestaram dessa forma, a favor da igualdade, do peso entre os estados e o Conselho Federativo”, afirmou.

Alíquota reduzida

Rafael Fonteles também falou sobre o excesso de setores econômicos que estão buscando ter alíquota reduzida. Para o governador, é provável que novos setores pressionem os senadores para também terem direito ao benefício, o que vai desconfigurar a reforma tributária.

“Nós não podemos cometer o mesmo erro do sistema atual, que é um sistema de privilégios, de exceções, ao invés de ser um sistema de regras. Ou seja, todo o segmento econômico busca o Governo Federal, o Congresso Nacional, o Judiciário, para tentar estar numa regra privilegiada”, comentou o governador.

Rafael disse que o sentido da reforma é diminuir as exceções, os privilégios. Sendo assim, o Senado não deve ampliar muito as exceções. Quem sabe, deve até reduzir. “Faço esse alerta para que a gente não amplie muito, ou até mesmo reduza a quantidade de exceções. Por quê? Porque, inevitavelmente, quem vai pagar é o consumidor. Ele pode pagar menos num setor, mas vai pagar em outro”, frisou. O governador terminou dizendo que o princípio da reforma é que os entes não percam arrecadação e por isso ela terá uma transição de quase 50 anos para poder, exatamente, não prejudicar nenhum ente da federação.

Agenda

Ainda nesta terça-feira, o governador Rafael Fonteles participará de reunião com representantes do Banco do Brasil, e com o deputado Florentino Neto. A agenda conta também, com encontro com o Desembargador do Ceará, Teodoro Silva e reuniões com o Presidente da Finep, Celso Pansera e com o ministro dos Transportes, Renan Filho. Por último, Rafael Fonteles concederá entrevista para TV Senado.

(Com informações do Governo do Estado)



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES