Caso Elise Bezerra: Médico que retirou rim saudável de criança é julgado

Durante o procedimento, em vez da equipe médica retirar o rim debilitado, retirou o rim direito, que era saudável. Ela teve complicações, adquiriu um vírus e não resistiu.

Elise Bezerra à esquerda e o médico à direita | Reprodução
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O médico urologista Eleazar Araújo foi julgado e considerado culpado pelo Conselho Regional de Medicina do Ceará (Cremec) pela retirada do rim saudável da pequena Elise Bezerra, que morreu em abril de 2022, aos 5 anos, quatro anos após o procedimento no Hospital São Vicente de Paulo, na cidade de Barbalha, no Ceará.

Na época, segundo a mãe da criança, Daniele Bezerra, nos primeiros anos de vida de Elise, a criança foi diagnosticada com o rim esquerdo atrofiado e precisou passar por uma nefrectomia, para a retirada do órgão. Durante o procedimento, em vez da equipe médica retirar o rim debilitado, retirou o rim direito, que era saudável. Ela teve complicações, adquiriu um vírus e não resistiu.

O hospital recorreu da decisão judicial, que determinou o pagamento de indenização à família da vítima. O Cremec, que reconheceu ter ocorrido o erro, aplicou a pena mais branda ao profissional, que recebeu uma advertência. A decisão, que saiu em junho deste ano, revoltou os familiares da criança.

Elise Bezerra à esquerda e o médico à direita | FOTO: Reprodução

"Diante de todas as provas, todos os laudos, tudo o que foi dito e exposto, como é que uma pessoa é culpada pelo erro que levou minha filha ao óbito e simplesmente eles apenas aplicaram uma advertência", disse a mãe de Elise.

Insatisfeita com a decisão do órgão, a família de Elise afirmou que vai recorrer da decisão do Conselho Regional de Medicina e espera que haja uma punição mais severa para o médico.

"A família recebe com um misto de sentimentos essa decisão. Primeiro porque ela reconhece que houve uma conduta negligente e imprudente por parte do médico, mas, ao mesmo tempo, não dá a punição adequada do dano que ele causou. Por conta da conduta que o próprio Cremec reconhece como negligente e imprudente, um erro médico que tirou um rim saudável da criança e ela veio a óbito" argumentou o advogado Filipe Santana, que representa a família da vítima.



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