Caso Mãe Bernadete: suspeitos de matar líder quilombola são identificados

Maria Bernadete Pacífico era líder do Quilombo Pitanga dos Palmares, Yalorixá e ex-secretária de Promoção da Igualdade Racial de Simões Filho.

Maria Bernadete Pacífico | Reprodução
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Os suspeitos de assassinarem a líder quilombola Bernadete Pacífico com 12 tiros de arma de fogo dentro da associação do Quilombo Pitanga dos Palmares, no dia 17 de agosto deste ano, foram identificados. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (31) pelo secretário de segurança da Bahia, em exercício, Marcel de Oliveira.

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"Eu posso garantir que a investigação está bem adiantada, com autorias definidas e com prováveis motivações conhecidas. No entanto, a investigação tramita em sigilo, mas pode ter certeza que a família vai ter o resultado que ela precisa e merece receber em pouco tempo", afirmou.

Maria Bernadete Pacífico era líder do Quilombo Pitanga dos Palmares, Yalorixá e ex-secretária de Promoção da Igualdade Racial de Simões Filho. No dia, criminosos teriam invadido o terreiro da comunidade, feito familiares reféns e a executado. Ela é mãe de Flávio Gabriel Pacífico dos Santos, o “Binho do Quilombo", assassinado no dia 19 de setembro de 2017.

De acordo com Marcel de Oliveira, mais detalhes serão mantidos em sigilo para não atrapalhar as investigações. Ainda na quarta, o advogado David Mendez, que representa a família de Mãe Bernadete, pediu para ser beneficiado no Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos (PPDDH) do Governo Federal.

Suspeitos de matar líder quilombola na Bahia usaram armas de uso restrito | FOTO: Facebook

"A gente não pode antecipar muito para não atrapalhar as investigações, mas de fato é uma área conflagrada, que tem muitos interesses permeando. A Mãe Bernadete era uma pessoa combativa, que não se aquietava com as coisas erradas que presenciava", disse o secretário de segurança Marcel de Oliveira.

Nesta quarta-feira (30), o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) informou que o assassinato da líder quilombola e do filho dela, serão acompanhados pelo Observatório das Causas de Grande Repercussão. O colegiado é formado pela entidade e pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

No dia em questão, o neto de Bernadete, Wellington Gabriel de Jesus dos Santos, informou à polícia que a líder pensou que os dois homens que invadiram a casa dela eram assaltantes. Ela estava na companhia de três netos, de 22, 13 e 12 anos. 

Os criminosos adentraram ao local, roubaram os aparelhos celulares dos jovens e em seguida participaram para o quarto da vítima, onde efetuaram os disparos contra Bernadete, conforme explicou o neto da líder. O caso é investigado por uma força-tarefa da Polícia Civil e também pela Polícia Federal.



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