Deputado Da Cunha tem posse e porte de arma suspenso após espancar esposa

O deputado Da Cunha é acusado de agredir a ex-companheira Betina Grusiecki até ela desmaiar em Santos, no litoral paulista.

Deputado Da Cunha tem posse e porte de arma suspenso após espancar esposa | Reprodução
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) suspendeu, provisoriamente, o direito à posse e porte de arma de fogo do deputado federal Carlos Alberto da Cunha (PP), o “Da Cunha”. Ele é acusado de agredir a ex-companheira Betina Grusiecki até ela desmaiar em Santos, no litoral paulista.

O delegado Da Cunha tinha uma união estável há três anos com a nutricionista. Ele foi denunciado pelo Ministério Público (MP) pelos crimes de lesão corporal, ameaça e dano. No entanto, o deputado nega as acusações. No dia, segundo a vítima, ela chegou a desmaiar após o acusado apertar o pescoço e bater a cabeça dela na parede.

Leia Mais

Na denúncia, o promotor Rogério Pereira da Luz Ferreira solicitou a aplicação da medida protetiva de urgência prevista no artigo 22, inciso I, da Lei 11.340/06 (Maria da Penha), que se refere à suspensão do direito de possuir e portar armas de fogo.

O pedido tinha sido indeferido pelo juiz que recebeu a denúncia, Leonardo de Mello Gonçalves, da 2ª Vara Criminal de Santos. No entanto, foi acatado pelo relator da 1ª Câmara de Direito Criminal do TJ-SP, Ivo de Almeida, nesta quarta-feira (08). A decisão determinou que o direito de posse e porte está cessado de forma provisória. 

Deputado Da Cunha tem posse e porte de arma suspenso após espancar esposa | FOTO: Reprodução

Sendo assim, o deputado Da Cunha deve entregar todas as armas à polícia em até cinco dias, a partir da intimação. Como o acusado é deputado e delegado, Ivo de Almeida entendeu que não é necessária busca e apreensão, pois Da Cunha pode depositar voluntariamente os armamentos.

"Demonstra que não basta existirem leis na proteção das mulheres vítimas de violência, é preciso efetividade e aplicação dessas leis nas decisões judiciais. Ninguém está acima da Lei [...] Nesse caso, estou atuando não só como jurista, especialista no tema, mas também como uma mãe na proteção da sua filha”, afirmou a advogada de Betina e ex-promotora de Justiça, Gabriela Manssur.

Deputado Delegado da Cunha | FOTO: Divulgação/Camera dos Deputados

No outro lado, a assessoria do deputado Da Cunha afirmou que ele ainda não foi notificado da decisão. Foi criticada ainda a estranha decisão unilateral da Justiça.

"A decisão parece desconsiderar que Da Cunha é Delegado de Polícia e durante anos enfrentou o Primeiro Comando da Capital (PCC), principal organização criminosa do país", disse, em nota.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES