Izadora Mourão: Herança do pai pode ter motivado morte de advogada

Autor do crime chegou a ir ao velório da irmã e demonstrou frieza.

irmãos | Reprodução
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O delegado geral da Polícia Civil do Piauí, Lucy Keiko, concedeu uma entrevista na manhã desta terça-feira, 16 de fevereiro, onde falou sobre a continuidade das investigações sobre a morte da advogada Izadora Santos Mourão, de 41 anos, assassinada a facadas dentro de sua residência na cidade de Pedro II, no último sábado.

O autor do crime, segundo a investigação, é o irmão da vítima, o jornalista e bacharel em Direito, João Paulo Mourão.

“Desde o início da investigação a versão que foi apresentada pelos familiares da vítima, principalmente pela mãe, de que uma mulher teria entrado, teria esfaqueado a vítima, saído sem ninguém perceber, sem ouvir um grito da vítima, chamou atenção da polícia. Algumas pessoas inclusive que participaram do velório acharam muito estranho aquela versão, nós designamos uma equipe especializada e após ouvir pessoas, os próprios familiares, apreender provas no interior da residência, o delegado Danúbio entendeu que havia elementos suficientes que comprovavam que o irmão teria sido o autor”, afirmou.

João Paulo é acusado de matar a irmã, a advogada Izadora Mourão 

Sobre uma possível participação da mãe de João Paulo e Izadora, visto que ela não acionou a polícia e escondeu a faca utilizada no crime, o delegado informou que as investigações vão continuar para saber qual crime ela será enquadrada. “Muitos detalhes estão materializados e ainda não foram revelados, até porque a investigação continua no sentido de saber se mais alguma pessoa da residência participou do crime ou apenas quis se omitir de falar a verdade para a polícia. Foram apreendidas duas facas que foram encaminhadas a perícia para saber se há vestígio de DNA da vítima, onde uma das facas a própria mãe levou para a casa da irmã, ajudando a esconder a arma. Ela pode ser enquadrada logo de cara pelo crime de fraude processual que é justamente quando se altera a cena do crime, como retirar a faca do local, certamente se houver provas que ela teria feito algo semelhante ela deverá também ser indiciada”, disse.

Sobre uma possível motivação do crime, Lucy Keiko afirmou: “Nós temos muitas informações, acho prematuro estabelecer o que seria a motivação, prefiro esperar o relatório final do inquérito para que possa dizer com mais segurança”, declarou.

Uma das linhas de investigação apontam que a morte teria sido motivada por uma herança, deixada pelo pai dos dois há pouco mais de um ano. Segundo informações apuradas pela equipe de reportagem da Rede Meio Norte, na residência onde a advogada foi morta moravam o pai, a mãe, João Paulo e um outro irmão dos dois que possui problemas mentais. Izadora morava em Teresina com o marido e as duas filhas, assim que se separou, ela deixou a capital e se mudou para a casa da mãe em Pedro II, foi quando o pai veio a óbito e iniciou-se as várias brigas relacionadas a herança. Vizinhos da família afirmam que era comum ouvir discussões dos irmãos.

Ainda de acordo com informações, uma das facas usada por João Paulo foi comprada dias antes do crime, o que leva a crer que ele tenha planejado o assassinato. No sábado, Izadora chegou em casa por volta de 07h, duas horas depois, foi assassinada no quarto do irmão.

João Paulo e a mãe estavam presentes no velório de Izadora realizado no domingo e segundo testemunhas, agiram com muita frieza pedindo pressa no enterro. O acusado foi preso em casa e não esboçou reação.

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Publicado por João Paulo Santos Mourão em Quinta-feira, 5 de novembro de 2020



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