Justiça mantém prisão de padre Egídio por desvio de R$ 140 milhões de verbas

Conforme a Justiça, os pedidos feitos pelos suspeitos buscavam adequar as decisões à tese da defesa e não resolver possíveis erros.

Da esquerda à direita: Egídio de Carvalho Neto, Amanda Duarte e Jannyne Dantas | Reprodução
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João Pessoa (PB) - A Justiça manteve a prisão do padre Egídio de Carvalho Neto e das ex-diretoras do Hospital Padre Zé, Jannyne Dantas Miranda e Silva e Amanda Duarte da Silva Dantas (ex-tesoureira), suspeitos pelo desvio de R$ 140 milhões de recursos e fraudes que seriam destinados ao hospital Padre Zé, que oferece atendimento pelo SUS - Sistema Único de Saúde.

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A decisão foi determinada pelo desembargador Ricardo Vital de Almeida nesta segunda-feira (4). Conforme a autoridade, os pedidos feitos pelos suspeitos buscavam adequar as decisões à tese da defesa e não resolver possíveis erros.

“Os embargos declaratórios buscam deliberadamente a rediscussão de matérias já conhecidas e monocraticamente julgadas por este Relator, além de pretender a adequação do julgado à tese da defesa, e não sanar vícios porventura existentes no acórdão hostilizado", afirmou.

Em relação à prisão de Jannyne Dantas Miranda e Silva e Amanda Duarte da Silva Dantas, o desembargador afirma que não há contradição na determinação das prisões preventivas, pelas provas levantadas pelo Ministério Público que apontam indícios de autoria de crimes supostamente envolvendo as suspeitas.

Da esquerda à direita: Egídio de Carvalho Neto, Amanda Duarte e Jannyne Dantas 

"Apontam para um complexo esquema de desvio de recursos públicos e enriquecimento ilícito, possivelmente envolvendo os embargantes, com inequívocos danos financeiros substanciais às entidades de caráter social e humanitário prejudicadas", escreveu.

Quanto à prisão de Egídio de Carvalho, o desembargador destaca que o Gaeco busca descobrir como informações a respeito da vida privada, sobre principalmente a condição de saúde, do suspeito foram vazadas. O padre não se enquadra em nenhuma das hipóteses legais para prisão domiciliar.

"[O suspeito] não comprovou que o tratamento para a diabetes, hipertensão ou depressão seria impossível de ser prestado por profissionais qualificados, no âmbito do sistema prisional onde atualmente se encontra", afirma na decisão.

Padre é suspeito de roubar hospital dos pobres para comprar imóveis de luxo | FOTO: Reprodução

Em contrapartida, a defesa de Padre Egídio afirmou que irá recorrer aos Tribunais Superiores e do ponto de vista da defesa, a prisão do padre "nada mais é do que uma verdadeira antecipação de pena , vedada pelo ordenamento processual penal Brasileiro", disse em nota.

A defesa de Amanda e Jannyne afirmou que a declaração do desembargador apenas esclareceu "pontos obscuros e contraditórios da decisão que decretou a prisão preventiva". "Levaremos os reclames aos tribunais superiores no momento oportuno", informou.



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