MPPI apresenta denúncia contra acusado de estuprar e matar Janaína Bezerra

O estudante deve ser enquadrado pelos crimes de homicídio qualificado, estupro de vulnerável, vilipêndio a cadáver e fraude processual, com pedido de pena máxima, em cada crime.

Janaína Bezerra | Reprodução
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O Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI) apresentou denúncia à justiça contra Thiago Mayson da Silva Barbosa, acusado de estuprar e matar a estudante de jornalismo Janaína Bezerra, no último dia 28 de janeiro, dentro do campus da Universidade Federal do Piauí (UFPI), em Teresina. 

Segundo a denúncia realizada pelo promotor João Mendes Benigno Filho, o estudante do mestrado de Matemática deve ser enquadrado pelos crimes de homicídio qualificado, estupro de vulnerável, vilipêndio a cadáver e fraude processual, com pedido de pena máxima, em cada crime. 

O inquérito que investigou a morte da estudante de jornalismo, conduzido pela Polícia Civil, através do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), foi concluído oito dias após o crime. O prazo para a investigação encerrava na segunda-feira (6), mas o inquérito foi concluído ainda no domingo (5). 

Em entrevista ao repórter Felipe Reis, da Rede Meio Norte, a delegada Nathália Figueiredo declarou que Thiago Mayson, 28 anos,  principal suspeito pelo crime deve responder por feminicídio, por meio cruel e motivo torpe. A investigação também concluiu que o suspeito violentou a estudante sexualmente depois que a jovem já havia falecido. 

Segundo a delegada ele foi indiciado com algumas qualificadoras como estupro, vilipêndio de cadáver, já que segundo os exames, ele fez sexo com a vítima morta e também entrou em contradição no depoimento. O suspeito permanece preso.

"Através da análise de tudo que foi produzido, chegamos a conclusão de homicídio com duas qualificadoras, a titulo de dolo eventual com meio cruel e o feminicídio, pelo menosprezo e discriminação pelo fato de ser mulher, estudo que realmente foi constatado através do laudo, fraude processual, porque através da análise do local de crime foi encontrado uma prova que ele tentou esconder e através do laudo também chegou a conclusão que ele praticou a violência sexual contra a vítima ela já morta", declarou a delegada à época, em entrevista à Rede Meio Norte.

De acordo com a delegada, o rapaz vai responder pelo crime considerando que houve dolo eventual, já que a morte teria ocorrido durante a relação sexual.

Indiciado fez fotos da vítima sangrando

A delegada revelou ainda  que o indiciado chegou a fazer fotos da vítima durante a violência, enquanto a jovem estava sangrando.

"A causa morte dela se deu por asfixia causada pela luxação da região cervical, havendo compressão da medula, mas isso foi causada no contexto da violência sexual que a vítima sofreu, inclusive, através da análise do aparelho celular do indiciado os peritos conseguiram recuperar imagens que ele teria feito tanto após a primeira violência e a segunda violência sexual, além de fotos após a segunda violência em que a vítima sofreu e já estava com muito sangue, sinais de ejaculação nas pernas, então ela sofreu sofrimento físico  e psicológico muito grande", acrescentou a delegada.

O CASO

A jovem de 22 anos, estudante do 5º período de Jornalismo, morreu no sábado (28) após ter sofrido violência sexual e ter seu pescoço quebrado após uma calourada no Campus Ministro Petrônio Portela, zona Leste de Teresina.

O suspeito do crime, o estudante do departamento de Pós-Graduação de Matemática da Instituição foi preso em flagrante ainda no sábado e teve a prisão convertida em preventiva no domingo (29), após passar por uma audiência de custódia. 

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