PM que atirou e matou jovem em posto de combustíveis na Bahia é preso

Ele foi flagrado por câmeras de segurança agredindo e efetuando tiros contra uma jovem de 23 anos identificada como Fernanda dos Santos Pereira.

PM que atirou e matou jovem em posto de combustíveis na Bahia é preso | Reprodução
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A Polícia Civil da Bahia prendeu na manhã desta quinta-feira (18) o policial militar João Wagner Madureira. Ele foi flagrado por câmeras de segurança agredindo e efetuando tiros contra uma jovem de 23 anos identificada como Fernanda dos Santos Pereira, em um posto de combustível, no dia 11 de janeiro, em Ilhéus.

Conforme as imagens, Fernanda está agachada, quando o PM se aproxima com uma arma na mão. Ele dá um chute na jovem, que revida com um tapa no rosto do homem. Em seguida, João a imobiliza e dispara tiros contra ela. A vítima foi socorrida pelo SAMU - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência para o Hospital Costa do Cacau, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

No dia, o PM imobilizou a jovem e efetuou os disparos | FOTO: Reprodução

O mandado de prisão foi cumprido uma semana após o crime, por equipes do Núcleo de Homicídios de Ilhéus e da 7ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (7ª Coorpin), com o apoio da 69ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM). A medida cautelar foi solicitada pelo titular do Núcleo de Homicídios, delegado Helder Carvalhal de Almeida.

De acordo com o delegado, o mandado de prisão foi solicitado sob sigilo para "preservar o inquérito policial" e reunir "todos os elementos probatórios que comprovaram a materialidade e a autoria". Ainda conforme ele, a suspeita é de que a morte tenha acontecido por causa de um desentendimento entre a vítima e a tia do suspeito. 

"A situação iniciou com um desentendimento entre a vítima e a tia do autor. O policial tomou partido da tia e começou as agressões, culminando no homicídio", detalhou.

PM é suspeito de agredir e matar jovem em posto de gasolina na Bahia | FOTO: Reprodução

Os advogados do suspeito disseram que o homem não conhecia a vítima, que estaria "descontrolada" no momento do confronto. A PM informou que o suspeito foi afastado das atividades enquanto o caso estiver em investigação. 

CONFIRA A NOTA COMPLETA

É com profundo pesar que comunicamos a todos sobre o trágico incidente envolvendo o policial militar João Wagner Madureira, conhecido como Cenoura, lotado na 69ª CIPM, na madrugada desta quinta-feira(11/01).

No calor de uma discussão, o PM se envolveu em um incidente fatal que resultou na perda de uma vida. O policial sempre dedicou sua carreira à defesa da sociedade e, em especial, à proteção das mulheres atendendo e prestando socorro em diversos casos de agressão a mulher. O ocorrido é inquestionavelmente repugnante, e estamos cientes da gravidade dos fatos.

João Wagner está comprometido em se apresentar voluntariamente às autoridades competentes e cooperar plenamente com as investigações em curso. Entendemos que essa tragédia em questão não apaga sua história em defesa da sociedade enquanto policial militar, mas compreendemos a responsabilidade de responder judicialmente por seus atos. Como deve sempre ser, independente de quem seja.

É importante esclarecer que, embora as acusações de feminicídio estejam presentes na cobertura midiática, afirmamos categoricamente que o policial militar não conhecia a vítima e que o ato não foi motivado por violência doméstica, familiar, menosprezo ou discriminação à condição de mulher.

O vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que João Wagner Madureira aparece com uma arma em punho apontada para o chão. As imagens não divulgadas irão provar que a arma não tinha a intenção de intimidar a vítima, mas sim afastar pessoas alteradas na localidade. Quanto ao disparo ocorrido, esse se deu de forma acidental, quando a vítima e o policial entraram em vias de fato, momento em que a vítima tenta segurar a arma do policial, acabando por acionar a tecla do gatilho de forma involuntária como mostra as imagens divulgadas e que resultou na fatalidade que lamentamos profundamente.

João Wagner Madureira reconhece a gravidade do ocorrido e está preparado para responder perante a justiça dos homens e a justiça divina. Neste momento difícil, expressamos nossas sinceras condolências à família enlutada.

Nosso compromisso é com a verdade e a justiça, e confiamos no devido processo legal para esclarecer os detalhes deste trágico episódio.



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