Polícia Civil indicia mentor intelectual de ataque a colégio no Paraná

O ataque ao Colégio Estadual Helena Kolody, em Cambé, no Norte do Estado, resultou na morte de Karoline Verri Alves, de 17 anos, e Luan Augusto da Silva, de 16.

Karoline Verri Alves, de 17 anos, e Luan Augusto da Silva, de 16 morreram no ataque ao Colégio Estadual Helena Kolody, em Cambé | Reprodução
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A Polícia Civil do Paraná (PCPR) informou, nesta quarta-feira (28), que concluiu o inquérito policial sobre o ataque ao Colégio Estadual Helena Kolody, em Cambé, no Norte do Estado, que resultou na morte de Karoline Verri Alves, de 17 anos, e Luan Augusto da Silva, de 16. O inquérito foi encaminhado nesta quarta-feira (28) à justiça.

Durante a investigação, quatro homens foram presos, dois deles foram indiciados por homicídio qualificado, e dois estão sendo investigados por comércio ilegal de armas de fogo, segundo informaram o delegado-chefe da Subdivisão da PCPR em Londrina, Fernando Amarantino Ribeiro Gonçalves Amorim, e o delegado titular da Delegacia de Cambé, Paulo Henrique Costa, em entrevista coletiva concedida hoje, em Londrina.

Segundo informações da Polícia, o autor do crime estudou na escola Helena Kolody até o 7º ano do Ensino Fundamental, deixando a instituição em 2014. Ele prestou depoimento no mesmo dia do atentado e auxiliou a investigação para chegar aos demais homens presos, antes de ser encontrado morto dentro da Casa de Custódia de Londrina dois dias após ser preso. De acordo com a Polícia, o jovem não será indiciado pelo princípio da extinção da punibilidade em casos como esse. 

No depoimento à Polícia, o autor do crime informou que conheceu um homem de 18 anos preso em Gravatá, no estado de Pernambuco, pela internet. Segundo as investigações, ele foi apontado como o mentor intelectual da invasão à escola e auxiliou no planejamento estratégico do ataque. 

“Mensagens encontradas no celular do autor do crime mostram que o jovem de Gravatá o incentivou a cometer o crime”, informou Ribeiro ao afirmar que o homem foi indiciado por homicídio doloso pela Polícia Civil, visto que teve contribuição fundamental na execução do crime, instigando e direcionando o executor.

Com ele, foram apreendidos materiais que serão periciados e analisados como forma de instrução da investigação. 

O jovem já vinha sendo investigado pela polícia daquele estado, desde o ano passado quando ainda era menor, por atos infracionais relativos armazenar imagens de crianças em cenas de sexo e terrorismo.

Um amigo do atirador também teve participação fundamental para a execução do crime, segundo a PCPR. O homem de 21 anos, morador de Rolândia, também foi preso no mesmo dia do ataque e auxiliou na compra de materiais, como uma beca preta, utilizada no ataque, e também no planejamento do crime.

Dois dias antes do ataque, no sábado (17), os dois se encontraram no Ginásio de Esportes de Rolândia, tiraram fotos e gravaram vídeos para serem postados minutos antes do atentado. Nas postagens o atirador aparece paramentado com a beca que foi encontrada na cena do crime em sua mochila. O homem de 21 anos permanece preso, indiciado pelo crime de homicídio qualificado.

Arma comprada ilegalmente

A Polícia também chegou a outros dois homens, um de 35 anos e outro de 39, ambos moradores de Rolândia, que foram presos suspeitos de colaborar com o fornecimento da arma de fogo e munições usadas no ataque. Conforme a investigação da PCPR, a princípio, nenhum deles sabia que a arma seria utilizada no ataque ao colégio. De acordo as investigações, o autor do crime relatou ter adquirido a arma de fogo e as munições em abril deste ano quando soube que havia uma pessoa na cidade vendendo a arma e efetuou a compra após troca de mensagens. 

Os homens estão sendo investigados por comércio ilegal de arma de fogo e munições. “Ambos já têm passagens pela polícia por porte ilegal de armas, tráfico de drogas, furto, receptação e violência doméstica”, disse o delegado. Eles já foram presos em oportunidades diversas e respondem a processos na justiça.

Relembre o caso

Na manhã do dia 19 de junho, segunda-feira, um ataque ao Colégio Estadual Professora Helena Kolody, em Cambé, Paraná, deixou uma estudante morta e outro ferido. A aluna Karoline Verri Alves morreu dentro do colégio logo após a invasão do suspeito, que efetuou os disparos. Segundo informações do Serviço de Atendimento Móvel (Samu), Karoline foi atingida por um tiro na cabeça. 

No dia seguinte, a segunda vítima, identificada como Luan Augusto, 16 anos, namorado de Karoline, faleceu no hospital. Com base nas investigações, a Polícia concluiu que o autor do crime, de 21 anos, ex-aluno do colégio adentrou a instituição alegando que desejava solicitar seu histórico escolar, se dirigiu ao banheiro e em seguida ao pátio, onde atirou nos estudantes. 

O atirador foi detido após ser imobilizado. A Polícia Militar do Paraná (PMPR) chegou na escola em poucos minutos após acionamento do botão do pânico feito por um professor.



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