Turistas vão processar o flat onde câmera espiã foi achada, diz advogado

O advogado, Roque Henrique Campos, informou que uma ação civil será instaurada na Justiça em São Paulo

Turistas vão processar o flat onde câmera espiã foi achada, diz advogado | Reprodução
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Os hóspedes que descobriram uma câmera espiã conectada a uma tomada de um quarto do flat onde estavam hospedados pretendem entrar com um processo contra os responsáveis pela acomodação, conforme afirmou o advogado representante do casal. O flat está localizado na Praia de Muro Alto, em Porto de Galinhas, município de Ipojuca, Litoral Sul de Pernambuco, e a câmera estava estrategicamente escondida abaixo da TV.

O advogado, Roque Henrique Campos, informou que uma ação civil será instaurada na Justiça em São Paulo, cidade de residência dos turistas e local onde a reserva foi feita. Além disso, após a conclusão do inquérito da Polícia Civil, está prevista uma ação criminal.

Ele esclareceu que as medidas legais envolverão todos os intervenientes na transação direta relacionada à contratação dos serviços. A câmera, encontrada no OKA Beach Residence, foi reservada por meio do site Booking. O casal, que preferiu não ser identificado, estava viajando com duas amigas, hospedando-se em flats separados.

De acordo com o advogado, a descoberta ocorreu na tarde de terça-feira (16), quando a esposa ouviu um barulho próximo à televisão. Ao investigar, encontrou um aparelho que aparentava ser um receptor de tomada, mas não conseguia conectar nenhum carregador. Ao inspecionar com a lanterna do celular, percebeu tratar-se de uma câmera. O casal notificou imediatamente a Carpe Diem, a empresa gestora da hospedagem, que enviou um funcionário para registrar imagens do dispositivo.

Após consultar uma advogada, uma das amigas orientou o casal a registrar um boletim de ocorrência. O delegado Ney Luiz, responsável pela investigação, classificou o incidente como um crime de "registro não autorizado de intimidade sexual". A pena prevista, segundo o Código Penal Brasileiro, é de seis meses a um ano de prisão, além de multa.

Quanto à responsabilidade dos proprietários do flat, o delegado afirmou que, inicialmente, não há indícios de sua participação na instalação da câmera, mas a Polícia Civil continuará investigando. A Booking informou, por meio de nota, que suspendeu o flat da plataforma para análise do caso e está à disposição das autoridades. A empresa lamentou o ocorrido e destacou que "esta não é uma experiência que queremos para nenhum dos nossos clientes e esperamos mais dos nossos parceiros de acomodação".

A tentativa de contato com o OKA Beach Residence não foi bem-sucedida. No entanto, nas redes sociais, a empresa afirmou que é um condomínio residencial, não um hotel, e que a instalação de câmeras ocultas em unidades privativas para locação é considerada "um ato criminoso que repudiamos veementemente". A empresa esclareceu que as locações no condomínio residencial são feitas diretamente entre locatários e proprietários das unidades.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES