Venezuelana que turistava pelo Brasil é encontrada morta e carbonizada no Amazonas

O corpo dela foi identificado pela Polícia Civil na noite de sábado (6), e haviam sinais de tortura, conforme perícia realizada

Venezuelana que turistava pelo Brasil é encontrada morta | Reprodução
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O corpo de uma venezuelana identificada como Julieta Hernández, de 38 anos, foi encontrado nesta sexta-feira (5) em uma região de mata em Presidente Figueiredo, interior do Amazonas. Ela havia desaparecido enquanto pedalava pelo estado em dezembro de 2023, conforme detalhou a Polícia.

Bicicleta usada pela vítima (Foto: Reprodução)

O corpo dela foi identificado pela Polícia Civil na noite de sábado (6), e haviam sinais de tortura, conforme perícia realizada. De acordo com o laudo, ela foi estuprada e queimada em seguida por um casal que já teve a prisão realizada. O delegado Valdinei Silva informou que os suspeitos confessaram o crime e, inicialmente, devem ser acusados de homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

Local em que o corpo foi encontrado (Foto: Reprodução)

Na delegacia, os dois detidos apresentaram versões distintas sobre o crime. A mulher admitiu ter assassinado a venezuelana após uma crise de ciúmes, alegando que suspeitava que seu companheiro havia estuprado a vítima após roubar seus pertences.

Como tudo aconteceu 

A sequência de violência teve início com o roubo de um celular, supostamente planejado por Thiago Angles da Silva, de 32 anos. Nos três dias anteriores ao incidente, ele teria consumido crack, conforme informado pelo delegado Valdnei Silva, da 37ª Delegacia Interativa de Polícia de Presidente Figueiredo.

Na madrugada de 24 de dezembro, por volta da 1h, Thiago se aproximou de Julieta, que estava dormindo em uma rede na área de uma pousada em Presidente Figueiredo (AM), empunhando uma faca. A vítima, uma artista de circo que pedalava pelo Brasil em direção a Puerto Ordaz, na Venezuela, onde sua mãe reside, foi abordada enquanto descansava durante sua jornada.

O agressor teria imobilizado Julieta, dando-lhe um golpe e a derrubando no chão. Em seguida, instruiu sua namorada, Deliomara dos Anjos Santos, de 29 anos, a amarrar os pés da viajante. Apesar de relutar em roubar o celular, Deliomara acabou obedecendo. O casal também se apropriou da bicicleta da venezuelana.

Estupro

O casal residia em uma pousada precária em Presidente Figueiredo, conforme relatou o delegado. Eles viviam no local de maneira informal por cerca de sete meses, e o ambiente ao redor da pousada estava cercado por mato e lixo. Apesar das condições precárias, a pousada recebia pessoas que cruzavam a pé ou de bicicleta a BR 174, uma estrada que conecta Manaus a Boa Vista, e fica próxima a um local de banho de rio.

Na noite do crime, Julieta, sendo a única hóspede, foi arrastada para a cozinha e violentada sexualmente. De acordo com o depoimento de Deliomara, o namorado usou uma faca para coagi-la a praticar sexo oral nele. Thiago afirmou que a companheira ficou com ciúmes. O delegado destacou que há divergências nos relatos, mas ambos confirmaram o estupro e a interrupção violenta da situação.

Momento da morte 

A artista foi arrastada por cerca de 15 metros e enterrada por Deliomara. Segundo o delegado, o corpo foi colocado em uma cova rasa, e para encobrir a terra mexida, foi disposto um amontoado de lixo sobre ela. Quando o corpo foi desenterrado, estava com as mãos e pés amarrados. O avançado estado de decomposição impediu a identificação de possíveis sinais de queimaduras.

O delegado aguarda a conclusão da perícia para determinar o momento da morte, considerando a possibilidade de Julieta ter falecido durante a segunda gravata aplicada por Thiago.

Prisão 

Os dois foram detidos em flagrante por ocultação de cadáver. O delegado solicitou as prisões preventivas e aguarda a decisão judicial. Valdnei informou que o inquérito também está investigando os crimes de estupro e homicídio duplamente qualificado, por meio cruel e motivo torpe. Ele está à espera dos laudos das perícias realizadas no corpo e em uma faca para concluir a investigação. Thiago admitiu à polícia que já cumpriu pena por tráfico de drogas, quando residia em Roraima.



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