Vídeo mostra momento em que esposa militar atira contra o marido empresário

Policiais encontraram arma do crime jogada embaixo de um carro na garagem do casal. Esposa, investigada por atirar contra o marido, é tenente dentista do Exército.

crime | reprodução
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Imagens de câmeras de monitoramento obtidas  nesta sexta-feira (28) mostram o momento exato em que o empresário Bruno Piva Júnior, de 52 anos, é baleado pela esposa Karina de Freitas Fogolin, de 41, que é tenente dentista do Exército. A vítima morreu após passar mais de 50 dias internada.

O vídeo, que pode ser visto acima, mostra a mostra a mulher conversando com o homem em uma calçada e, depois, atirando nele. Em seguida, o homem cai. As imagens também mostram a polícia chegando ao local. O crime ocorreu em Praia Grande, no litoral de São Paulo, no início de dezembro de 2021.

A tenente Karina chegou a ser presa em flagrante após balear o marido. Os dois discutiram em frente à casa do casal. A princípio, a mulher tentou convencer os policiais que atenderam à ocorrência de que o disparo havia sido feito por um ladrão, em uma tentativa de assalto.

Vídeo mostra momento em que empresário leva tiro - Foto: Reprodução

Nos vídeos obtidos pela reportagem, é possível ver que o empresário está ao celular, e que a tenente sai do carro da família já com a arma na mão. Os dois já estão discutindo. Poucos minutos antes, conforme apurado pelo g1, ele a puxou para retirá-la do carro. Nas imagens, agachada na lateral do veículo, aparece também a filha de Bruno, que presenciou todo o ocorrido.

Ainda conforme as imagens, em determinado momento, a tenente entra na garagem, volta e atira duas vezes contra o empresário, que cai ao chão. A filha da vítima se desespera e tenta ajudar o pai. Nesse momento, é possível ver que a tenente retorna e coloca Bruno no veículo, para tentar socorrê-lo.

Momentos depois, a PM chega ao local, e a vítima é conduzida ao Hospital Irmã Dulce. Lá, o empresário passou por cirurgia de emergência e permaneceu internado até a manhã de terça-feira (25), quando morreu.

A polícia ainda apura o caso. O Exército informou que, por não se tratar de um crime militar, o caso está tramitando na Justiça comum.

Tentou simular assalto

Na data do crime, testemunhas disseram aos policiais militares que o disparo foi feito pela esposa da vítima. Ao ser questionada, a mulher disse aos policiais que houve uma tentativa de roubo, e que não tinha arma. Segundo ela, o autor do disparo teria fugido da residência.

Tenente é suspeita de balear o marido após discussão

No entanto, durante buscas na casa dela, a polícia encontrou uma pistola embaixo de um veículo estacionado na garagem. Confrontada, a suspeita admitiu o crime, e informou que seu companheiro possuía uma arma longa e munição em casa. Os policiais fizeram novas buscas na residência e conseguiram encontrar espingardas calibre 12 e 32 e munições de calibres diversos.

Em nota, o Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) informou que o caso está sendo investigado pela Polícia Civil, e se manifestou pela continuidade da prisão da suspeita, que foi solta por decisão judicial.

Também por meio de nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que o caso foi investigado pelo 2º DP de Praia Grande. A suspeita foi indiciada por homicídio tentado no momento do flagrante, e a Justiça concedeu sua liberdade provisória.

Ainda segundo a SSP, o inquérito policial foi relatado ao Judiciário, e a unidade realiza diligências complementares, a pedido do Ministério Público. A vítima faleceu na última terça-feira, e foi elaborado um boletim de comunicação de óbito, o qual será anexado ao inquérito.

Segundo apurado, com a morte do empresário, a tenente agora será indiciada por homicídio, e não mais pela tentativa, como registrado anteriormente.

Exército

O Comando Militar do Sudeste (CMSE) informou que a 2º tenente dentista temporário Karina de Freitas Fogolin servia no Hospital de Guarnição de Porto Velho (RO). Ela foi reintegrada por decisão judicial, e está afastada aguardando o processo de reforma.

Por não se tratar de um crime militar, o caso está tramitando na Justiça comum. O Exército Brasileiro destaca que repudia veementemente qualquer ato que atente contra os preceitos éticos e morais da profissão militar.



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