Após impedimento de 4 horas, afegãos conseguem entrar em Praia Grande

A permissão foi concedida após uma reunião entre a prefeita de Praia Grande e o ministro Flávio Dino

Mulheres afegãs filmam situação de bloqueio no Aeroporto de Guarulhos | Reprodução - Foto: Guilherme Gandolfi
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Na noite de ontem, sexta-feira (30), um grupo de refugiados afegãos ficaram cerca de quatro horas bloqueados no Aeroporto Internacional de São Paulo, localizado na cidade de Guarulhos. O grupo de pessoas que estava acampado no aeroporto, só conseguiu entrar na colônia de férias do Sindicato dos Químicos, em Praia Grande, por volta das 23h50. 

Após a chegada dos afegãos à cidade, a Prefeitura de Praia Grande tentou impedir a entrada dos refugiados, as autoridades posicionaram algumas viaturas da Guarda Municipal em seus principais acessos. Em alguns pontos, haviam guardas com forte armamento, que estavam orientados a não permitir a passagem dos ônibus para adentrarem à cidade.

Já no fim da noite, algumas horas depois, durante uma reunião entre a prefeita Raquel Chini e o ministro da Justiça, Flavio Dino, os mesmos selaram um acordo onde era permitida a entrada dos 170 refugiados na cidade de Praia Grande. Mais cedo, a prefeitura da cidade havia dito que não autorizava a entrada dos refugiados por questões de saúde, muitos deles estão doentes e infectados com sarna, por isso precisam permanecer isolados. O órgão alegou também como justificativa, que o município não teria estrutura suficiente para recebê-los.

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Quando teve conhecimento de tal posicionamento da prefeitura da cidade, o ministro da Justiça, Flávio Dino, escreveu publicamente em seu Twitter que os afegãos seriam encaminhados para um “estabelecimento hoteleiro devidamente contratado. “O Brasil tem leis e nós estamos cumprindo. Esperamos das demais autoridades públicas idêntico comportamento”, explicou em seu tweet. 

Após a reunião com o ministro, onde selaram o acordo, em nota, a prefeitura afirmou que o consenso prediz que policiais federais ou estaduais devem permanecer na porta da colônia onde os refugiados ficarão instalados. As autoridades contarão com viaturas para terem um controle de acesso, montagem de um ambulatório médico, roupas de cama e banho para trocas diárias, um intérprete de idioma e convênios para o pagamento de exames laboratoriais necessários. Todos os custos ficarão por conta do governo federal.

Os afegãos deixaram o Aeroporto Internacional de São Paulo por volta das 18h de ontem, sexta-feira (30). Alguns membros a Agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para Refugiados (Acnur), acompanharam o grupo de refugiados em seu trajeto até a colônia de férias. De início, o objetivo era levar o grupo para hotéis, mas, de acordo com a deputada federal Juliana Cardoso (PT), as hospedarias se recusaram a receber os afegãos por conta do surto de sarna. Muitos deles foram diagnosticados com a doença, e tiveram de ser medicados.



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