Câmara aprova taxação de apostas esportivas on-line

. Com a medida provisória, o governo estima que vai arrecadar R$ 6 bilhões ao ano a partir de 2026.

Arthur Lira conduziu a votação | Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

A Câmara dos Deputados finalizou, nesta quarta-feira, 13, a votação do Projeto de Lei 3626/23, que trata da regulamentação das apostas esportivas por meio de quotas fixas e aprovou a proposta do projeto de lei que taxa as apostas esportivas on-line, também conhecidas como "bets", modalidade que permite ao apostador adivinhar que jogador irá fazer um gol numa partida de futebol ou qual atleta levará um cartão amarelo, por exemplo.

A votação foi conduzida pelo presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL)Com a medida provisória, o governo estima que vai arrecadar R$ 6 bilhões ao ano a partir de 2026. Pelos cálculos projetados, em 2024, esse montante comece com valores entre R$ 2 bilhões a R$ 3 bilhões.

O substitutivo apresentado pelo relator, deputado Adolfo Viana (PSDB-BA), foi aprovado. Uma das principais mudanças em relação à MP é a destinação da arrecadação. Enquanto a MP previa que 10% da arrecadação fossem destinados à seguridade social, o projeto aprovado estabelece que apenas 2% serão direcionados a esse fim. Os demais recursos serão distribuídos da seguinte forma: educação (1,82%), esporte (6,63%) e turismo (5%).

A legislação anterior, Lei 13.756/18, estabelecia que as empresas ficariam com 95% do faturamento bruto, após pagamento de prêmios e impostos. O projeto aprovado reduz essa porcentagem para 82%.

Durante a votação, a maioria dos pedidos de alteração apresentados pelos partidos foi aprovada. Entre as mudanças, destaque para uma emenda do deputado Weliton Prado (Solidariedade-MG) permite que os agentes operadores das loterias por quota fixa realizem acordos com agentes lotéricos para as transações bancárias relacionadas às apostas.

Na votação, emenda do deputado Gilson Daniel (Podemos-ES) direciona 50% dos prêmios não resgatados ao Fundo Nacional para Calamidades Públicas, Proteção e Defesa Civil, em vez de 100% ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), como estava originalmente no texto-base.

Outro destaque do PSB excluiu do texto o dispositivo que deixava a definição de projetos financiados com recursos de loterias em entidades beneficiadas, como os comitês olímpico (COB) e paraolímpico (CPB), a critério de regulamentos futuros.

Na votação, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) apresentou emenda que redireciona 0,5 ponto percentual dos 1,63% da arrecadação dessas loterias, que seriam destinados aos clubes e atletas, para secretarias estaduais e municipais de esporte.

A única emenda rejeitada foi a que proibia apostas feitas por devedores em cadastro de inadimplentes, pessoas do Cadastro Único (CadÚnico) ou beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC), apresentada pelo deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ).

Após aprovação na Câmara, a regulamentação das apostas esportivas por quota fixa passa agora para a próxima etapa de análise no Senado.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES