Delegado jogou executores ‘aos leões’ para blindar autores intelectuais, diz PF

A PF, após investigações, concluiu que a morte da vereadora foi um crime meticulosamente planejado pelos irmãos Domingos e Chiquinho Brazão

Delegado Rivaldo Barbosa e Marielle Franco | Montagem/MeioNorte
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O assassino de aluguel Ronnie Lessa, em delação premiada à Polícia Federal (PF), afirmou que o ex-chefe de Polícia Civil Rivaldo Barbosa perdeu o controle do caso Marielle Franco e decidiu entregar os executores do atentado. Lessa detalhou que Barbosa teria dado uma garantia prévia de impunidade aos mandantes Domingos e Chiquinho Brazão, o que gerou revolta por parte dos irmãos. As revelações surgiram em meio às investigações que culminaram na prisão dos três suspeitos no domingo (24).

“[Os irmãos Brazão] Estavam revoltados da vida, estavam incorporados porque o Rivaldo estava pulando fora; o Rivaldo virou as costas; e o Rivaldo alegou que não tinha mais como segurar, fugiu a alçada dele, e não tinha mais como segurar, tentaram até onde deu e perdeu o controle”, afirmou Lessa em seu depoimento aos investigadores.

A PF, após investigações, concluiu que a morte da vereadora foi um crime meticulosamente planejado pelos irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, com a participação do delegado Rivaldo Barbosa. O relatório final destacou que a intensa repercussão do crime prejudicou o planejamento dos mandantes, indicando que a magnitude da exposição midiática surpreendeu os envolvidos.

“Com o fim de estancarem a pressão imposta pela sociedade civil e pela mídia, Rivaldo e Giniton, de supetão, conforme será visto adiante, jogaram os executores do delito aos leões e imputaram-lhes a tese do ‘crime de ódio’, com o fim de fechar a tampa da apuração e preservar os autores intelectuais”, aponta o relatório.

Segundo a PF, Rivaldo Barbosa teria mantido controle absoluto sobre o desenrolar do crime, impondo condições e exigências aos executores. O delegado assumiu a chefia da Polícia Civil do Rio de Janeiro na véspera do atentado, em 13 de março de 2018, evidenciando uma relação anterior com os mandantes.

O advogado de Rivaldo Barbosa negou as acusações, ressaltando que seu cliente não obstruiu as investigações e colaborou com a prisão de Ronnie Lessa. No entanto, as evidências apresentadas pela PF sugerem uma conexão prévia entre Rivaldo e os mandantes, lançando luz sobre a complexidade do caso Marielle Franco e as nuances políticas envolvidas.

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