Delgatti aceita fazer acareação com Bolsonaro para comprovar denúncias

O hacker também disse que invadiu sistemas do Judiciário brasileiro a pedido da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP)

Delgatti aceita fazer acareação com Bolsonaro para comprovar denúncias | Reprodução
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O hacker Walter Delgatti Netto manifestou sua disposição para participar de uma acareação com o ex-presidente Jair Bolsonaro, a fim de substanciar as informações que ele compartilhou com a comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) que está investigando os eventos de 8 de janeiro, relacionados a atos com potencial golpista. Quando questionado sobre essa possibilidade pelo senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), ele prontamente concordou, expressando sua disposição para esse procedimento de "forma tranquila".

Delgatti presta depoimento à comissão nesta quinta-feira (17). O hacker comentou, em outro momento, que faria acareação com qualquer pessoa para ajudar a comprovar as informações. “Lembrando que eu faço qualquer acareação, caso seja necessário aqui. Estou à disposição”, afirmou ao ser questionado pelo deputado federal Duarte Jr. (PSB-MA).  

Acareação é um procedimento previsto nos códigos de Processo Civil e de Processo Penal em que são colocadas, frente a frente, duas pessoas que defendem versões contraditórias com objetivo de se chegar à verdade. Entre as acusações feitas por Delgatti, está a de que Bolsonaro ofereceu a ele indulto presidencial em troca da invasão da urna eletrônica e de assumir a responsabilidade por um suposto grampo instalado para monitorar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Indulto significa o perdão da pena, efetivado mediante decreto presidencial.

O hacker também disse que invadiu sistemas do Judiciário brasileiro a pedido da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), que nega as acusações. Delgatti ainda afirmou que, a pedido de Bolsonaro, orientou os militares das Forças Armadas na elaboração do relatório sobre as urnas eletrônicas apresentado em 2022. Outra acusação de Delgatti é que Bolsonaro e o marqueteiro dele na campanha de 2022, Duda Lima, pediram para o hacker servir de garoto-propaganda em vídeo com informações falsas contra a urna eletrônica ().   

A relatora da CPMI, Eliziane Gama (PSD-MA), informou que há possibilidade de ela pedir a acareação de Delgatti com Bolsonaro, com o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira, a deputada Zambelli, ou qualquer outra pessoa citada pelo hacker. Para aprovar as acareações, é necessário convocar requerimento em reunião deliberativa da comissão.

 (Com informações da Agência Brasil)



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