Doria admite erro ao apoiar Bolsonaro e vê em Lula a chance de 'pacificar o Brasil'

O ex-governador de SP afirmou que o presidente pode 'reduzir sensivelmente' o pensamento segregacionista de 'nós contra eles'

Jair Bolsonaro, Lula e João Doria | Reprodução
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Dez dias após suas públicas desculpas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por comentários feitos durante o período em que o petista esteve preso em Curitiba devido às condenações da Operação Lava-Jato, o ex-governador de São Paulo, João Doria (PSDB), voltou a expressar sua admiração pelo chefe do Executivo. Em entrevista ao Brazil Journal, publicada nesta terça-feira, Doria destacou a capacidade de Lula de "pacificar o Brasil".

Segundo Doria, o presidente possui a oportunidade de "reduzir sensivelmente" o que ele chamou de "visão de confronto" e "posturas divisórias de 'nós contra eles'". O ex-tucano sugeriu que Lula se inspire na figura de Nelson Mandela, que liderou a África do Sul após o período de apartheid.

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"Com o mandato que tem para cumprir, ele [Lula] pode ser o agente pacificador do Brasil", resumiu Doria, enfatizando a possibilidade de um exercício de grandeza e de governar para todos os brasileiros, não apenas para os eleitores.

Na mesma entrevista, o ex-governador lamentou sua aliança com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2018, destacando o direito ao arrependimento como um gesto de grandeza e equilíbrio. Doria reconheceu o erro compartilhado por milhões de brasileiros e expressou seu pesar em relação a Bolsonaro.

Doria também revisitou os ataques anteriores a Lula, pelos quais já havia pedido desculpas no final de setembro em outro contexto. Ele reconheceu que em alguns momentos ultrapassou a linha do bom senso e reiterou seu pedido de desculpas.

Durante seu mandato como governador de São Paulo, Doria gradualmente se afastou do bolsonarismo, mantendo críticas ao petismo na tentativa frustrada de posicionar-se como uma terceira via em meio à polarização. Apesar de ter vencido as eleições primárias do PSDB para disputar a Presidência no ano passado, Doria alega que sua candidatura foi "cassada" pela direção do partido, que acabou apoiando a senadora Simone Tebet (MDB-MS) como ministra do Planejamento e Orçamento no governo Lula. Doria conclui afirmando que não se arrepende de estar fora da política.

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