Haddad diz que bagunça em cadastros prejudicou combate à fome no país

Ele expressou elogios ao trabalho realizado pelo ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias

Haddad diz que bagunça em cadastros prejudicou combate à fome no país | Valter Campanato/Agência Brasil
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou sua preocupação com a desorganização dos cadastros deixados pela administração anterior, enfatizando que isso tem prejudicado os esforços para combater a fome e a pobreza no Brasil. Durante uma entrevista concedida ao jornalista Kennedy Alencar, da RedeTV!, Haddad abordou a recente reincidência do Brasil no mapa da fome e afirmou que o aumento do orçamento do Bolsa Família, que conta com uma verba de R$ 170 bilhões para este ano, poderá contribuir para reverter essa situação. 

Haddad destacou que, ao relembrar o início da transferência de renda do Bolsa Família em 2004, o programa contava com um orçamento anual menor, equivalente a aproximadamente R$ 50 bilhões em valores atualizados. Diante do atual orçamento destinado ao programa, o ministro ressaltou que o objetivo principal é realizar uma limpeza nos cadastros, garantindo que esses recursos sejam direcionados de forma efetiva para aqueles que mais necessitam. 

Ele expressou elogios ao trabalho realizado pelo ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, que vem liderando esforços significativos nessa área. O ministério tem sido alvo de interesse por parte do Centrão. Desde o início deste ano, a pasta tem empreendido uma minuciosa análise das inscrições no Cadastro Único, que serve como ponto de acesso aos benefícios sociais. O objetivo é identificar possíveis fraudes e irregularidades. 

FOME NO BRASIL PIOROU NOS ÚLTIMOS TRÊS ANOS

O relatório "O Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo (SOFI)", publicado na quarta (12.07) pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), mostra uma piora dos indicadores de fome e insegurança alimentar no Brasil. Segundo o relatório, 70,3 milhões de pessoas estavam em 2022 estado de insegurança alimentar moderada, que é quando possuem dificuldade para se alimentar. O levantamento também aponta que 21,1 milhões de pessoas no país estavam em 2022 em insegurança alimentar grave, caracterizado por estado de fome.

Segundo o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate a Fome, Wellington Dias, essa piora é reflexo do desmonte das políticas públicas sociais que vivemos nos últimos anos. “O país sofreu muito nos últimos três anos pela falta de cuidado e atenção com os mais pobres. Se tornou comum ver pessoas passando fome, na fila por ossos e catando comida no lixo para se alimentar. Isso foi a quebra e interrupção de um trabalho iniciado pelo presidente Lula em seus primeiros governos e que trouxe grandes avanços nesta área. Esse relatório da FAO comprova que os últimos anos representaram um período de degradação da população mais pobre do nosso país”, destacou o ministro.  

O Governo Federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate a Fome (MDS) e mais 23 ministérios em conjunto preparam o lançamento do plano Brasil sem Fome. A ação foi construída a partir do aprendizado da trajetória que levou o país a sair do Mapa da Fome. Programas como o Fome Zero e o Brasil Sem Miséria inspiraram a aposta na reativação de um repertório de políticas públicas que fizeram do Brasil uma referência mundial nessas áreas.



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