Haddad vê urgência do Arcabouço Fiscal hoje e votação na próxima semana

A gestão espera uma margem ampla a favor da proposta, são necessários os votos de pelo menos 257 dos 513 deputados.

Fernando Haddad é o ministro da Fazenda | Valter Campanato/Agência Brasil
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT-SP), compareceu na manhã desta quarta-feira, 17 de maio, na Câmara dos Deputados para prestar esclarecimentos à três Comissões, incluindo a de Finanças e Tributação. Na ocasião, o líder da pasta sinalizou que prevê a análise da urgência do projeto do arcabouço fiscal ainda hoje e a votação da proposta na próxima semana. 

"Pelo que ouvi dos relatos, acredito que aprove a urgência hoje, para botar semana que vem (a votação)", sinalizou o líder da pasta em diálogo com a imprensa. 

Leia Mais

Caso a urgência seja conferida, o rito de tramitação será abreviado, assim poderá ser analisado com maior rapidez, sem precisar passar pelas Comissões, indo direto ao Plenário. O relatório da matéria, feito pelo deputado Cláudio Cajado (PP-BA), foi apresentado na noite de segunda-feira, 15 de maio. A gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores, espera uma margem ampla a favor da proposta, são necessários os votos de pelo menos 257 dos 513 deputados.

Relatório de Cláudio Cajado

Cláudio Cajado, relator do projeto de lei, apresentou seu relatório, mantendo o crescimento real das despesas proposto pelo governo. De acordo com a nova regra, o aumento das despesas será limitado a 70% do ganho real da receita dos 12 meses encerrados em junho do ano anterior à Lei Orçamentária. Em caso de descumprimento da meta de resultado primário, o aumento será limitado a 50%. Os valores do aumento não poderão ser inferiores a 0,6% nem superiores a 2,5%. Atualmente, o orçamento federal apenas considera o crescimento nominal pela inflação.

Dessa forma, se a receita aumentar 3% de um ano para o outro, as despesas subirão 2,1% acima da inflação. No entanto, se a meta não for cumprida, o aumento será de 1,5%.

A regra de crescimento real será aplicada não apenas entre 2024 e 2027, como inicialmente previsto, mas também nos anos seguintes. Além disso, o substitutivo mantém a regra da meta de resultado primário anual, com uma margem de tolerância de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB) para mais ou para menos.

Em relação ao contingenciamento, o governo avaliará a cada dois meses o comportamento das receitas e despesas, como já ocorre atualmente. Se houver risco de não cumprimento da meta fiscal do ano, será necessário contingenciar os gastos discricionários. Se mesmo assim a meta fiscal não for cumprida no final do ano, serão adotadas medidas de ajuste gradual no ano seguinte.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES