'Intenção é calar a minha boca', diz Ciro, sobre operação da PF

Ele é citado em uma investigação sobre supostas irregularidades nas obras de ampliação da Arena Castelão, principal estádio do Ceará, para a Copa do Mundo de 2014.

'Vítima de uma grande arbitrariedade', diz Ciro sobre ação da PF | Foto: Reprodução
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Ciro Gomes (PDT), ex-governador do Ceará e pré-candidato à Presidência, falou nesta quarta-feira (15) à GloboNews sobre a operação da Polícia Federal de que foi alvo.

"Estou sendo vítima de uma grande arbitrariedade. Intenção é me constranger, calar a minha boca e abater a minha disposição de oferecer ao Brasil uma proposta que começa por dizer que o Brasil não pode mais contemporizar com a corrupção", disse Ciro.

'Vítima de uma grande arbitrariedade', diz Ciro sobre ação da PF- Foto: Reprodução/360

Ciro disse que uma "fração da Polícia Federal capitulou" ao presidente Jair Bolsonaro e classificou a ação desta quarta como uma violência contra ele e a família.

Ele é citado em uma investigação sobre supostas irregularidades nas obras de ampliação da Arena Castelão, principal estádio do Ceará, para a Copa do Mundo de 2014.

Durante a entrevista, Ciro Gomes ainda citou sobre os valores da reestruturação da Arena Castelão, dizendo que foi o menor custo para reformas em estádios do Brasil. Além disso, lembrou que, à época das obras no estádio, não ocupava cargos públicos na política.

"Primeiro, o Castelão foi escolhido como o menor preço. Segundo, esse preço foi o menor do Brasil e de todos os estádios construídos no Brasil. Terceiro, nenhum delator, nem sequer na leviandade da delação premiada me acusou de receber qualquer tipo de vantagem ilícita. (...) E eu quero dizer que o delegado me arrolou como pessoa pública, e de novo, eu não era pessoa pública nenhuma", disse.

O irmão de Ciro, Cid Gomes (PDT), ex-governador do Ceará e atual senador, também foi alvo da operação. Segundo a PF, as fraudes ocorreram entre 2010 e 2013, anos em que o Ceará era governado por Cid.

A Justiça quebrou os sigilos bancário e fiscal de Ciro e Cid entre 2009 a 2014. O sigilo telefônico dos dois também foi quebrado.

Por uma rede social, Ciro classificou a ordem como "abusiva", alegou não ter relação com o caso e disse que o presidente Jair Bolsonaro (PL) "transformou o Brasil num Estado Policial que se oculta sob falsa capa de legalidade."

O g1 procurou a Secretaria de Comunicação da Presidência da República por volta das 10h, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.

Leia Mais


Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES