Investigação da Polícia Federal sobre Bolsonaro: últimas revelações dos comandantes militares

Comandantes militares revelam que Bolsonaro tentou interferir na PF e no TSE. Pressão por impeachment aumenta.

Jair Bolsonaro é alvo de investigação por suposta tentativa de golpe de Estado | Brenno Carvalho/Agência O Globo
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Após a divulgação de depoimentos nos quais líderes das Forças Armadas revelam detalhes de um suposto plano de ruptura institucional, a Polícia Federal avalia que a "participação efetiva" de Jair Bolsonarona trama foi esclarecida. O ex-presidente está sob investigação por golpe de Estado, tentativa de subverter o Estado democrático de Direito, organização criminosa, entre outros crimes.

ARTICULAÇÃO PARA POSSÍVEL GOLPE - Segundo os depoimentos, o então comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, relatou que Bolsonaro discutiu possíveis estratégias para um golpe. Em reuniões com os comandantes, ele detalhou a possibilidade de usar instrumentos legais como a Garantia da Lei e da Ordem (GLO), Estado de Defesa ou Estado de Sítio, em resposta ao resultado eleitoral que favoreceu Luiz Inácio Lula da Silva.

PRESSÃO PARA GOLPE - Freire Gomes mencionou ter participado de reuniões no Palácio do Alvorada, após o segundo turno das eleições, onde Bolsonaro apresentou essas hipóteses de uso dos instrumentos jurídicos. O ex-comandante do Exército Freire Gomes disse que se negou a participar da trama golpista, apesar da forte pressão 

O QUE DISSE O COMANDANTE DA AERONÁUTICA- Já o então comandante da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Júnior, afirmou à PF que Bolsonaro tinha conhecimento de que a Comissão de Transparência das Eleições não encontrou fraudes no pleito de 2022, mas mesmo assim o ex-presidente continuou a questionar o sistema eleitoral.

O brigadeiro contou também que Bolsonaro ficava "assustado" quando era informado que os institutos jurídicos usados por ele na minuta do golpe não serviriam para mantê-lo no poder após o dia 1º de janeiro de 2023. O oficial também disse que Freire Gomes “tentava convencer o então presidente a não utilizar os referidos institutos”.

SILÊNCIO ABSOLUTO - Então comandante da Marinha, o almirante Almir Garnier, que foi convocado para depor na condição de investigado, ficou calado em seu depoimento à PF. Ele foi citado por Mauro Cid em sua delação premiada. Segundo Cid, Garnier seria simpático a um golpe de Estado e teria dito a Bolsonaro “que sua tropa estaria pronta para aderir a um chamamento do então presidente”. O ex-comandante da Aeronáutica também disse que Garnier colocou as tropas que chefiava à disposição de Bolsonaro.

À Folha de S. Paulo, a defesa de Bolsonaro nega qualquer tentativa de golpe e afirma que, durante a sua gestão, o ex-presidente “jamais compactuou com qualquer movimento ou projeto que não tivesse respaldo em lei”.

Com informações da Folha de S. Paulo



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