Investigações apontam que havia Abin paralela, diz novo nº2 da agência

Marco Cepik, um cientista político que anteriormente liderava a Escola de Inteligência da agência, assumiu o cargo em substituição a Alessandro Moretti

Investigações apontam que havia Abin paralela, diz novo nº2 da agência | Reprodução
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O recém-designado segundo líder da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Marco Cepik, analisa que todas as evidências indicam a existência de uma Abin paralela durante o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro. 

Cepik, que assumiu o cargo de diretor-adjunto da Abin em 30 de janeiro, concedeu uma entrevista no Estúdio i da GloboNews nesta quarta-feira (31).

"O avanço das investigações apontam para isso [existência da Abin paralela]. Temos que aguardar o final do processo investigatório nas três instâncias administrativas e criminal, para verificar a comprovação não só sobre se houve, mas sobre quem estava ali. Todos os indícios que se tem é de que havia, sim", disse.

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Marco Cepik, um cientista político que anteriormente liderava a Escola de Inteligência da agência, assumiu o cargo em substituição a Alessandro Moretti, que foi demitido pelo governo Lula na terça-feira (30). A decisão ocorreu após mais uma etapa das investigações da Polícia Federal, que busca esclarecer a alegada espionagem ilegal realizada pela Abin durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).

“Não pode fazer condutas que violem a informação privada do cidadão. Ela [a Abin] não monitora pessoas, não bisbilhota a vida das pessoas. Se isso aconteceu, e é isso que está sendo apurado, é claramente um desvio de função”, disse Cepik.

Segundo Cepik, houve afastamento de policiais federais da agência: “Foram de pessoas específicas, que participaram da gestão de (Alexandre) Ramagem”.

Perguntado se há a coerência a Abin monitorar a promotora do caso Marielle (como a PF suspeita que foi feito), o novo número 2 disse que "é possível que isso tenha acontecido”.

Na avaliação dele, no entanto, a decisão de manter na agência pessoas que tiveram cargos de confiança durante o governo Bolsonaro não foi um erro do diretor-geral Luiz Fernando Corrêa. Ao assumir o comando da agência no início do governo Lula, Corrêa manteve nomes que haviam sido apontados na gestão anterior.



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