Juíza Gabriela Hardt deixa a condução dos processos da Lava Jato no Paraná

Gabriela Hardt, juíza federal substituta, saiu da 13ª Vara Federal de Curitiba. Nesta segunda-feira (19), o juiz federal Fábio Nunes de Martino, da 1ª Vara Federal de Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, assumiu a jurisdição. Como juiz substituto, Murilo Scremin Czezacki, da 2ª Vara Federal de Cascavel, no oeste, assumiu o cargo. Essa decisão foi anunciada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). O juiz federal Eduardo Appio, titular da 13ª Vara, está afastado desde o dia 22 de maio, devido a uma decisão cautelar do TRF-4, e está recorrendo dessa decisão.

Conforme o TRF-4, Gabriela Hardt vai assumir o lugar da juíza federal Graziela Soares na 3ª Turma Recursal do Paraná (TRPR). Convocada, Graziela atuará como auxiliar da Corregedoria Regional da 4ª Região. Gabriela Hardt já havia tentado sair da vara em outra ocasião. Em maio, ela se candidatou à remoção para jurisdição em Florianópolis (SC) endo que ficou à frente da operação desde o dia 20 de maio.

Vale lembrar que no dia 14 de junho, o pedido de remoção de Gabriela foi negado porque um juiz com mais tempo de magistratura também se candidatou à vaga - o tempo de trabalho no TRF-4 era critério de escolha.

Sobre a juíza

Aos 47 anos, Gabriela Hardt é paranaense e cresceu em São Mateus do Sul, que fica a 150 quilômetros de Curitiba. Seu pai trabalhava em uma unidade da Petrobras na cidade. Em sua carreira jurídica, antes de ficar no cargo de Appio, ela também foi substituta do ex-juiz e atual senador Sergio Moro (União Brasil) durante processos da operação. Para quem não lembra, no ano de 2019, a juíza chegoun a condenar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no caso do sítio de Atibaia, decisão essa que foi anulada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Hardt chegou, ainda, a ser acusada de plagiar uma sentença do agora senador no referido processo.