Lula cancela agenda para definir reforma ministerial; entenda a situação

Governo tenta, há meses, redesenhar mapa da Esplanada para atrair votos do Centrão no Congresso.

Lula cancela agenda para definir reforma ministerial | Reprodução
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu adiar sua visita planejada à sede da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) marcada para esta quarta-feira (6). De acordo com informações do Planalto, Lula manterá sua agenda de reuniões no Palácio da Alvorada, a residência oficial em Brasília.

Nas próximas horas, o presidente planeja se encontrar com líderes partidários com o objetivo de avançar na reforma ministerial que foi prometida há meses. Essa reforma visa incorporar o PP e o Republicanos à Esplanada dos Ministérios, ampliando assim a base de apoio do governo no Congresso.

No turno da tarde, a agenda original de Lula previa uma reunião com o ministro da Defesa, José Múcio, para tratar do 7 de Setembro. O compromisso foi cancelado. O redesenho da Esplanada dos Ministérios deve afetar principalmente três partidos:

  • PSB: o partido do presidente Geraldo Alckmin (PSB) pode perder espaço para que o governo consiga incluir o Centrão na Esplanada;
  • PP: tenta conseguir o controle da Caixa Econômica e do Ministério do Esporte – pasta que o partido quer ver turbinada e com mais dinheiro;
  • Republicanos: o partido pode ficar com o Ministério de Portos e Aeroportos, hoje nas mãos do PSB, e tenta também o comando da Fundação Nacional de Saúde (Funasa).

Caso o plano atual seja aprovado, o presidente Lula poderá concluir a reforma ministerial sem fazer alterações em pastas consideradas importantes, como Saúde, Educação e Desenvolvimento Social, que nos últimos meses estiveram sujeitas a especulações.

Lula está fazendo esforços para resolver esse assunto ainda nesta quarta-feira, pois na quinta-feira (7) ele participará do desfile de 7 de Setembro e em seguida viajará para a Índia, onde participará de uma reunião do G20.

Além disso, o presidente tem uma viagem planejada para Nova York ainda este mês, para a Assembleia-Geral da ONU, e precisa indicar nomes para a procuradoria-geral da República e o Supremo Tribunal Federal. Tudo isso deve ser realizado teoricamente antes do final do mês, quando ele passará por uma cirurgia no quadril.



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