Lula condena ataques do Hamas durante encontro com premiê palestino

Conversa ocorreu antes do presidente brasileiro participar da 37ª Cúpula da União Africana em Adis Abeba

Lula condena ataques do Hamas durante encontro com premiê palestino | Foto: Ricardo Stuckert / PR
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o primeiro-ministro da Autoridade Palestina, Mohammad Shtayyeh tiveram uma reunião bilateral na manhã deste sábado em Adis Abeba, na Etiópia. No encontro, Lula condenou os ataques do Hamas contra civis israelenses e reafirmou a necessidade do cessar-fogo. A conversa ocorreu antes de Lula de participar da 37ª Cúpula da União Africana. 

O presidente brasileiro também defendeu a criação de um Estado palestino economicamente viável, que conviva em paz e segurança com Israel e seja internacionalmente reconhecido. Lula também enfatizou a necessidade de criar condições para garantir ajuda humanitária às pessoas que estão na área do conflito. Mohammad Shtayyeh agradeceu o apoio e a solidariedade do Brasil e do presidente Lula ao povo palestino, reforçou a necessidade de um cessar-fogo imediato.

Conforme o primeiro-ministro da Autoridade Palestina, o conflito já deixou 30 mil mortos, 70 mil feridos e estima-se que 9 mil pessoas estão desaparecidas sob escombros de casas e prédios destruídos com os ataques. Após o encontro com a autoridade Palestina, Lula afirmou em discurso na 37ª Cúpula da União Africana o momento é "propício" para se resgatar tradições humanistas e que isso, frisou, implica condenar as agressões dos dois lados no conflito entre Israel e Hamas. Lula também defendeu que o fim da guerra no Oriente Médio passa pela criação de um Estado Palestino "livre e soberano":

— Ser humanista hoje implica condenar os ataques perpetrados pelo Hamas contra civis israelenses e demandar a libertação imediata de todos os reféns. Ser humanista impõe igualmente o rechaço à resposta desproporcional de Israel, que vitimou quase 30 mil palestinos em Gaza, em sua ampla maioria, mulheres e crianças, e provocou o deslocamento forçado de mais de 80% da população. A solução para essa crise só será duradoura se avançarmos rapidamente na criação de um Estado Palestino livre e soberano, reconhecido como membro pleno das Nações Unidas.

Durante uma sessão extraordinária da Liga dos Estados Árabes no Cairo, no Egito, na quinta-feira, Lula prometeu oferecer ajuda financeira adicional à Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Médio. O presidente expressou preocupação de que a decisão de países alinhados a Israel de cortar o financiamento possa acarretar graves consequências humanitárias. 

(Com informações do O Globo)



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