Presidente da CPMI analisa “medidas cabíveis” contra o depoente Mauro Cid

Ouvido pela CPMI, na condição de investigado, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro ficou em silêncio para todas as perguntas dos integrantes da comissão.

Tenente-coronel Mauro Cid em depoimento à CPMI | Bruno Spada/Agência Câmara
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

deputado Arthur Maia (União-BA), presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, disse nesta terça-feira, 11, que vai analisar "medidas cabíveis" que podem ser aplicadas contra o depoente do dia, no caso o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair BolsonaroNa CPMI, ele é ouvido na condição de investigado.

ministra do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, determinou no dia 26 de junho, a obrigatoriedade do coronel prestar depoimento junto à Comissão. Entretando, ele pode ter acompanhemento de advogado e pode usar o direito de ficar em silêncio a fim de não responder perguntas que venham a incriminar-lhe. No depoimento desta terça-feira, o coronel resolveu ficar em silêncio. “Chamei o patrono do tenente-coronel Mauro Cid para dizer a ele que ele estava fazendo com que seu cliente descumpra uma ordem do Supremo Tribunal Federal”, disse Maia na CPMI.

Durante a sessão, Mauro Cid não respondeu a nenhuma das indagações feitas pelos deputados e calou-se até diante de perguntas que em nada o incriminava, como exemplo, a  deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) questinou a sua idade e ele apenas falou que ficaria em silêncio.

“Iremos apresentar uma denúncia contra o senhor Cid ao Supremo Tribunal Federal, haja vista que a ministra do Supremo determinou que naquilo que não o incriminasse ele tinha obrigação de responder, uma vez que ele não está aqui só como depoente, mas como testemunha. É o procedimento que ele está adotando e, obviamente, cabe à CPI adotar as medidas cabíveis”, falou o presidente da CPI.

Leia Mais

Ao chegar ao local do depoimento, o ex-ajudante de ordens adiantou que ficaria em silêncio durante toda a oitiva e ressaltou que essa medida não tinha qualquer intenção de desreseitar os parlamentares e que adotaria a estratégia por orientação de sua defesa.

“Sem qualquer intenção de desrespeitar vossas excelências e os trabalhos conduzidos por esta CPMI, considerando a minha inequívoca condição de investigado, por orientação da minha defesa e com base na ordem do habeas corpus concedido em meu favor pelo Supremo Tribunal Federal, farei uso do meu direito constitucional ao silêncio. Agradeço a atenção de todos. Obrigado”, afirmou Mauro Cid.

Desde o dia 3 de maio, o tenente-coronel Mauro Cid está preso por ocasião da Operação Venireque investiga suposto de fraudes nos cartões de vacina do ex-presidente, da filha de Bolsonaro e pessoas próximas. No caso, a Polícia Federal investiga de o ex-ajudante cometeu crimes de infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação, peculato eletrônico e corrupção de menores.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES