'Reconhecer quando algo está fora do protocolo', admite governador do RJ

Em uma semana dois adolescentes e uma criança morreram em ações da Polícia Militar no estado.

'Reconhecer quando algo está fora do protocolo', admite governador do RJ | Reprodução
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O governador Cláudio Castro comentou pela primeira vez nesta terça-feira (15), sobre as operações da Polícia Militar, nos últimos dias, que culminaram nas mortes de menores de idade — Thiago, de 13 anos, na Cidade de Deus, e Wendell, de 17, e Eloáh, de 5, no Morro do Dendê.

Castro afirmou que "não celebra morte de ninguém" e que "tem que ser humilde para defender quando está certo e reconhecer quando alguma coisa está fora do protocolo". Também pela primeira vez, o governado lamentou as três mortes e destacou que se os policiais das ações tiverem cometido alguma irregularidade serão punidos.

"Tem que ter humildade e coragem para defender quando está certo. E humildade para reconhecer quando alguma coisa fora do protocolo acontece. Tem que lembrar que nenhum deles foi em operação, foi em ronda. Ronda tem seus protocolos muito claros e definidos. A nossa investigação agora é para entender se algum desses policiais fugiu dos protocolos e se sim serão punidos", disse Castro, que completou:

"[Mas] Essas punições não vão devolver a vida de ninguém. Mas é o nosso papel como correção". Segundo Castro, a Polícia Militar passará por um treinamento, em específico, durante as abordagens.

"Vamos continuar o treinamento. Nada disso traz uma vida de volta, é trabalhar duro todos os dias. Eu vi o rosto triste do coronel Henrique na entrevista hoje, é uma situação que nos comove. Vamos acordar cada vez mais cedo para mudar essa situação", salientou.

De acordo com Cláudio Castro, ele "não celebra a morte de ninguém".

"Eu queria dizer que esse é um dos nossos piores momentos como governantes. Ninguém acorda de manhã para trabalhar querendo saber no fim do dia que uma criança perdeu sua vida. Eu não comemoro a morte de ninguém, nem de traficante, nem de ninguém. Isso toca no meu coração de pai, meus filhos já tiveram essa idade. Não quero uma frase clichê de ‘minhas sinceras condolências’. Esa é uma dor no meu coração", destacou o político sobre as mortes.



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