Relatórios do Orçamento 2022 apontam R$ 18,4 bi em emendas parlamentares

A Comissão aprovou cinco relatórios setoriais na semana passada,que são Justiça e Segurança Pública; Ciência & Tecnologia e Comunicações; Meio Ambiente; Minas e Energia; e Mulheres, Família e Direitos Humanos.

Deputado Cláudio Cajado e o senador Izalci Lucas na reunião desta segunda-feira | Roque de Sá/Agência Senado
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Os relatórios setoriais do Orçamento 2022 apresentados até nesta segunda-feira (13) na Comissão Mista de Orçamento (CMO) sugerem R$ 18,4 bilhões em emendas individuais e coletivas ao Orçamento da União para 2022 (PLN 19/2021). 

Das 16 áreas temáticas analisadas por senadores e deputados, 14 já contam com documentos disponíveis.

A Comissão aprovou cinco relatórios setoriais na semana passada,que são Justiça e Segurança Pública; Ciência & Tecnologia e Comunicações; Meio Ambiente; Minas e Energia; e Mulheres, Família e Direitos Humanos. Juntos, os relatores dessas áreas acatam emendas que somam R$ 801,4 milhões.

O senador Jean Paul Prates (PT-RN) ficou responsável pela área de Minas e Energia. O parlamentar remanejou R$ 22,5 milhões da Centrais Elétricas do Norte do Brasil (Eletronorte) para promover a ampliação do sistema de transmissão de energia elétrica. “É um dos principais gargalos para a agregação da região Norte ao Sistema Interligado Nacional”, explica Prates.

Deputado Cláudio Carvalho e o senador Izalci Lucas (Roque de Sá/Agência Senado)

“É imprescindível reduzir custos administrativos”

Outros nove relatórios foram apresentados até esta segunda-feira. Eles tratam dos temas Infraestrutura; Saúde; Desenvolvimento Regional; Educação; Cidadania e Esporte; Agricultura; Turismo e Cultura; Economia, Trabalho e Previdência; Poderes. Os relatores dessas áreas temáticas acataram emendas que somam R$ 17,6 bilhões.

Dos novos documentos, quatro foram apresentados por senadores. O responsável pela área de Economia, senador Ângelo Coronel (PSD-BA), acolheu R$ 3,2 bilhões em emendas. Ele destaca que, por conta da escassez de recursos, “muitas demandas deixaram de receber dotações compatíveis com sua importância na promoção do desenvolvimento nacional”. Coronel sugere que R$ 74,8 milhões cortados de investimentos para a máquina administrativa sejam aplicados em áreas sociais.

“É imprescindível reduzir os custos administrativos e aplicar os recursos servindo à sociedade. Mais especificamente, sugiro a aplicação dos recursos disponibilizados em ações e serviços públicos de saúde, em clínicas, em escolas técnicas voltadas à educação profissional, no esporte, em infraestrutura urbana e na promoção do desenvolvimento regional e territorial”, recomenda.

Simone Tebet acatou R$ 2,1 bi para Desenvolvimento Regional

A senadora Simone Tebet (MDB-MS) acatou sugestões de despesas no valor de R$ 2,1 bilhões para o setor de Desenvolvimento Regional. Ela destaca que, embora seja 18,5% maior do que o valor proposto em 2021, o Orçamento previsto para 2022 representa apenas 47,7% do montante efetivamente autorizado neste ano.

“O panorama revela um padrão que vem se aprofundando desde 2019: elevado aporte de recursos ao setor por meio de emendas parlamentares e reforço adicional pelo Poder Executivo ao longo do exercício, por meio de créditos adicionais. Em 2021, o Congresso Nacional mais do que dobrou o valor da proposta orçamentária do Ministério do Desenvolvimento Regional, com aporte adicional de R$ 8,4 bilhões sobre os R$ 6,5 bilhões propostos inicialmente”, explica a parlamentar.

Educação e Turismo

O relator setorial de Educação, senador Wellington Fagundes (PL-MT), acolheu sugestões de despesas que somam R$ 1,4 bilhão. As emendas coletivas priorizam ações como suporte à educação básica, retomada de obras inacabadas, apoio à infraestrutura das escolas, reestruturação de universidades federais e hospitais universitários e modernização do ensino de educação profissional e tecnológica.

Fagundes fez uma série de recomendações ao relator-geral do Orçamento, deputado Hugo Leal (PSD-RJ). O senador sugere a recomposição de dotações canceladas e a alocação de recursos adicionais para o Ministério da Educação, além da criação de cargos e funções para universidades federais e institutos federais de educação profissional e tecnológica que podem ser criados ao longo deste ano.

O senador Weverton (PDT-MA) é relator da área de Turismo e Cultura. Ele acolheu R$ 226,3 milhões em emendas. No caso das individuais, ele priorizou a assistência financeira da União para iniciativas locais, como apoio a projetos de infraestrutura turística e promoção e fomento à cultura brasileira.

Defesa, Presidência e Relações Exteriores

Duas áreas temáticas ainda estão pendentes de relatórios: Defesa; e Presidência e Relações Exteriores. A senadora Soraya Thronicke (PSL-MS), que havia sido designada para relatar o tema Presidência e Relações Exteriores, enviou um ofício à CMO. 

No documento, ela afirma que foi indicada “indevidamente” para a relatoria. As emendas sugeridas para a área serão analisadas exclusivamente pelo relator geral do Orçamento, deputado Hugo Leal (PSD-RJ). (Fonte: Agência Senado)



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES