STJ nega pedido de liberdade a Guerner e o marido

Promotora e o marido são acusados de envolvimento no mensalão do DEM.

Avalie a matéria:
|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

ntal para não responder processo em que é acusada de corrupção. O ministro do STJ também solicitou informações ao MP e à desembargadora que determinou a prisão preventiva da promotora. Não cabe recurso do pedido de liberdade, portanto, o casal deve passar o feriado da Semana Santa preso. Na próxima segunda-feira (25), o relator do processo no STJ, que ainda será designado, deve decidir sobre o mérito do habeas corpus.

Segundo o Ministério Público, Deborah Guerner e o marido tiveram a prisão preventiva decretada por terem feito uma viagem à Itália, na semana passada, sem comunicar à Justiça. A promotora também foi acusada de tentativa de fraudar o processo judicial. O advogado do casal nega as acusações (leia a versão da defesa ao final deste texto).

Deborah Guerner é investigada em pelo menos três processos relacionados ao suposto esquema de corrupção envolvendo membros do Executivo e Legislativo do Distrito Federal, conhecido como mensalão do DEM.

Além disso, segundo o Ministério Público, há indícios de participação do casal em outro esquema de corrupção em São Paulo.

O objetivo da prisão, de acordo com o MP, é garantir a ordem pública e evitar que crimes continuem a ser cometidos. O Ministério Público informou que ainda não pode divulgar detalhes dessa nova investigação.

Advogado nega acusações

O advogado do casal, Pedro Paulo de Medeiros, negou que eles tenham viajado sem informar à Justiça e afirmou que, embora investigada, a promotora não precisaria avisar. Deborah e Jorge Guerner estão presos na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília.

?Não há motivo para a prisão, porque eles nunca pretenderam se evadir do Brasil. Eles viajaram e voltaram ao país várias vezes no último ano. Em alguma delas [das viagens], até comunicamos ao tribunal, mas por excesso de zelo. Não havia qualquer obrigação de fazê-lo porque eles não estavam sob liberdade provisória?, disse o advogado.

Nesta terça, o Ministério Público também apresentou ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região denúncia contra a promotora por suspeita de fraude processual.

Deborah Guerner teria se consultado com médicos de São Paulo e supostamente feito aulas de teatro para simular insanidade mental, alegada no processo para atenuar a responsabilidade da promotora pelos crimes dos quais é acusada.

Sobre essa questão, Medeiros afirmou que ela se consulta com psiquiatras de São Paulo desde 2005. Segundo ele, a promotora pode ter pedido orientações aos médicos particulares para se submeter aos exames psiquiátricos realizados em setembro do ano passado e em janeiro deste ano, por médicos nomeados pela Justiça. Para o advogado, mesmo que ela tenha recebido a orientação, isso não é motivo para configurar fraude.

?Todo acusado tem o direito de se defender ampla, eficaz e profundamente. Ela tem o direito de fazer o que puder para se defender. Me dizem os médicos que ela possui problemas mentais e eu confio nesses laudos?, disse o advogado.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES