Transnordestina avançará mais 101 km; fase do Piauí será concluída até 2027

A Transnordestina Logística S.A. (TLSA) anunciou na terça-feira, 23 de janeiro, o início das obras de expansão da malha ferroviária no Ceará, marcando uma significativa etapa para o desenvolvimento logístico do Nordeste. O contrato para os lotes 4 e 5, que compreendem uma extensão de 101 km entre Acopiara e Quixeramobim, foi formalizado em parceria com a empresa Marquise.

A ampliação da ferrovia visa impulsionar a conectividade em direção ao Porto do Pecém, um passo crucial para o escoamento eficiente de produtos da região. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) está atenta e supervisionará todas as fases do projeto, considerado estratégico para o Nordeste e para o Brasil como um todo.

O impacto econômico local é notável, com a criação prevista de 1,3 mil empregos diretos, dobrando o efetivo atual e promovendo o desenvolvimento nas comunidades envolvidas. Apesar de 70% da fase 1 já estar concluída, a conexão do sertão do Piauí, a partir de Eliseu Martins, com o Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CE) é essencial. Esta etapa, crucial para o início da operação da ferrovia, tem previsão de conclusão até 2027, totalizando 1.206 km de extensão.

No Ceará, a Transnordestina planeja operar três terminais de carga, abrangendo setores como a bacia leiteira e pequenos e médios agricultores. A localização de um terminal para grãos já está definida, enquanto os outros dois, voltados para combustíveis e fertilizantes, serão determinados posteriormente.

O suporte integral do Governo Federal, dos governos do Ceará e do Piauí, além do apoio parlamentar no Senado Federal e na Câmara dos Deputados, é destacado para a liberação de recursos e a conclusão do projeto. Órgãos como o Ministério dos Transportes, Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional, Casa Civil, Tribunal de Contas da União (TCU) e ANTT estão engajados nas discussões, oferecendo apoio essencial para a concretização do acordo.

A Transnordestina, alinhada à agenda de ESG do Grupo CSN, destaca-se como uma alternativa logística sustentável para o Nordeste e o Brasil. A empresa reforça seu compromisso com o desenvolvimento socioeconômico, visando eficiência no escoamento de produtos e transformação positiva na realidade do Nordeste brasileiro.

A conclusão do projeto representará um novo marco no escoamento de produtos do MATOPIBA (Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia), reduzindo custos logísticos e tornando os produtos brasileiros mais competitivos globalmente. O impacto positivo é esperado não apenas para a região, mas também para a competitividade do Brasil no mercado mundial.