Caso Wana: PMT colocou guindaste de 27 toneladas para sinalizar a Homero

Máquina foi colocada na região antes da chuva; força da água de sexta-feira arrastou o guindaste causando perda total.

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Na manhã desta segunda-feira, 07 de fevereiro, o programa Bom Dia Meio Norte conversou com o superintendente de Ações Administrativas Descentralizadas Leste (SAAD Leste), James Guerra, que falou sobre a tragédia ocorrida durante a chuva da última sexta-feira, 4 de fevereiro, vitimando a professora Wana Sara Cavalcante Henrique, de 39 anos. 

De acordo com James Guerra, a Prefeitura de Teresina tinha sinalizado a galeria da Avenida Homero Castelo Branco com um guindaste de 27 toneladas antes da chuva. 

“O principal problema que nós temos em Teresina foi o grande acumulo de água em um curto espaço de tempo, depois que a chuva cessa as águas conseguem escorrer normalmente porque parte da galeria já é funcional, tudo que  a gente fez de lá para cá já está funcionando nesses quase 300 metros de galeria, mas esse ponto na Homero é um ponto que recebe as águas que vem desde o Vale do Gavião até essa região, daí essa correnteza forte e a gente se prepara. Nós temos essa via sinalizada, mostrando que no período das chuvas ela não é apropriada para trafegar e além disso nós colocamos bem no cruzamento da Homero um guindaste de 27 toneladas sinalizando na frente da galeria, mas a água veio muito forte, as imagens mostram a empresa retirando esse guindaste e revelam como ele ficou, totalmente amassado, arrastado pela água, deu perda total”, disse. 

Guindaste colocado pela prefeitura foi arrastado pela força da água - Foto: Reprodução

“Há situações que a gente não tem como criar muitos obstáculos porque é a passagem natural das águas e inclusive essa força da água comprometeu parte do asfalto da Homero, lateral do supermercado e uma banca de revistas o que motivou que nós, no próprio sábado, estivéssemos aqui e comunicamos formalmente a esses empresários que eles estavam com a sua interdição concedida e o retorno dessas atividades só vai ocorrer quando um laudo de engenharia atestar que não há comprometimento dessa estrutura”, declarou.

O superintendente  deixou claro que a Prefeitura de Teresina sente muito a morte da servidora, mas que alguns fatores são imprevisíveis. “Essa é uma situação geral, nós vimos aqui em 2018 a situação do Parque Rodoviário, vimos o que aconteceu com o chef de cozinha João Marcelo, quem é gestor público tem responsabilidade no que faz e a gente trabalha com fatores que são previsíveis e imprevisíveis e a gente sente cada vez que isso acontece. A noite que nós passamos de sábado foi muito difícil para a gente, a Wana era uma servidora da prefeitura, mas não só por isso, pela forma como isso aconteceu, a gente se solidariza com todas as famílias”, afirmou. 

“Essa experiência de a gente ter responsabilidade sobre toda uma zona da cidade me lembra muito a experiência que eu tive na Polícia Civil quando estávamos nas operações para tentar prender dez homicidas e a gente prendia cinco, não conseguia prender os outros cinco e eles saíam praticando crimes em sequência. A gente não conseguia impedir os crimes embora tivesse a maior boa vontade. Quero dizer para quem está em casa que podem ter certeza que a gente sente a dor também, a gente se solidariza, essas pessoas não são só números, são pessoas que tiveram sua vida interrompida por fatores que são imprevisíveis”, finalizou.

Wana Sara morreu após ter seu veículo arrastado durante a chuva da última sexta-feira - Foto: Arquivo Pessoal



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